O ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, assinou na manhí de ontem, 15, a ordem de serviço para a mobilização da draga Juan Sebastián de Elcano, que fará a dragagem de aprofundamento do canal de acesso ao Porto do Rio Grande. O equipamento se encontra em Omí, no Oriente Médio, e irá se deslocar para o Rio Grande do Sul visando ao início do serviço de dragagem. A previsão é que a draga chegue ao Estado dentro de 15 dias. Assim que ela chegar, será verificada sua documentação e autorizado o início dos trabalhos.

Com a dragagem, a profundidade do canal de acesso ao porto passará dos atuais 14 para 18 metros na parte externa (fora dos Molhes da Barra), e de 14 para 16 metros na interna (entre os Molhes e o píer petroleiro). Deverão ser dragados 16 milhões de metros cúbicos de sedimentos, serviço no qual serão aplicados R$ 196 milhões, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e destinados ao Programa Nacional de Dragagem (PND), instituído pela SEP. Conforme a Secretaria Especial de Portos, a obra deverá ser concluída antes do tempo previsto – oito meses -, em razão da capacidade da draga que será utilizada pelo Consórcio Odebrecht/Jan de Nul, que é a maior em operação na América Latina.

O superintendente do Porto rio-grandino, Janir Branco, após receber a notícia, informou que irá reunir toda a equipe técnica do porto para que seja decidido como serão executados os serviços e como será feito o acompanhamento. ?Atuaremos em conjunto para auxiliar na agilização da obra, visando que o aprofundamento, tão esperado pela comunidade portuária, seja executado no menor prazo possível?, salientou Branco.

Com o aprofundamento, os grandes navios (pós-panamax) que já operam em Rio Grande e que atualmente não utilizam sua capacidade máxima de carga devido ao calado, poderão completar sua carga reduzindo significativamente os custos de frete. Além disso, com um calado maior, o porto terá condições de se habilitar para captar, concentrar e movimentar cargas oriundas da Bacia do Prata, como grãos da Argentina, Paraguai e Bolívia; minério de Mato Grosso do Sul e da Bolívia; madeiras do Uruguai; e contêineres da Argentina, Uruguai e Paraguai.(Fonte: Jornal Agora)