Durante reunião com o novo ministro especial dos Portos, Leônidas Cristino, o diretor-executivo do Centronave (Centro Nacional de Navegação), Elias Gedeon, ressaltou a necessidade de ampliar os investimentos na infraestrutura portuária brasileira – um dos temas discutidos em entrevista recente ao Guia Marítimo.
O encontro teve o objetivo de manifestar o apoio do setor de transporte marítimo à nova gestão do Ministério, através da Centronave. Entre os assuntos abordados, estiveram na pauta o aprofundamento dos processos de desburocratização dos portos, melhorias nos processos de integração e padronização entre os órgãos portuários – em especial a Receita Federal – e a importância de acelerar o desembaraço das cargas.
Após a reunião, Gedeon comentou sobre as condições do Porto de Santos, que não poderia mais elevar o número de escalas por estar operando no limite. Santos não suporta mais novas escalas e constitui assim um grave gargalo para o comércio exterior, gerando custos desnecessários para nossa economia, afirmou o executivo.
Congestionamento
Segundo dados do Centronave, o volume de contêineres transitados pelo complexo santista aumentou 215% nos últimos dez anos, ante um aumento de apenas 6% no comprimento acostável dos berços de atracação e 49% na área alfandegada dedicada. A demanda resultou em um acréscimo de 75% os atrasos nas operações entre os exercícios de 2009 e 2010.
Precisamos de expansão nos terminais alfandegados e uma mudança na cultura dos que utilizam as vias de acesso ao porto. Essas vias têm de ser encaradas como pontos de embarque e não armazenagem, disse Gedeon, em entrevista ao Guia Marítimo.