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Clippings - 06/10/09

Ministro já fala em aprofundar Porto de Santos para 17 metros

Nem bem foi assinado o contrato de dragagem de aprofundamento do Porto de Santos (SP), que deixará o canal de navegação com 15 metros, o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, anuncia que já está prevista uma segunda fase para aprofundar o canal para 17 metros. As obras, segundo o ministro, devem entrar no PAC 2 – Programa de Aceleração do Crescimento.

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* Dragagem do Porto de Santos mudará navegação marítima do Brasil

Para Pedro Brito, a SEP está resolvendo o principal gargalo do maior porto do Hemisfério Sul, o aquaviário. “Com a profundidade de 15 metros, o porto vai receber navios pós-Panamax e ficará igual aos grandes portos do mundo, como o de Hamburgo, na Alemanha, e o de Roterdí, na Holanda”.

O porto está se preparando, observa, para atender um aumento de demanda, nos próximos 15 anos, segundo estudo do Banco Mundial, de 158%. “Hoje a capacidade instalada no Porto de Santos é de 110 milhões de toneladas. E já estamos quase a pleno vapor, porque para este ano de 2009 a perspectiva é que sejam [movimentadas] 88 milhões de toneladas”.

O ministro, no entanto, admitiu que outras providências precisam ser tomadas para que o porto, com a nova profundidade, alcance, de fato, eficiência e competitividade, não esbarrando ou aprofundando gargalos hoje existentes, como os de acesso terrestre.

Planos de Pedro Brito para o porto santista são ousados
“Em logística, quando você resolve um gargalo aparecem os outros. E os demais gargalos passam a ser, agora, os acessos terrestres. Com o aumento da capacidade de movimentação de cargas no Porto de Santos, vamos ter maior tráfego de caminhões e isso vai exigir outras providências, por exemplo, melhorar os acessos ferroviários”.

Ainda segundo o titular da SEP, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) já contratou a Universidade de São Paulo (USP) para fazer estudos e um plano de acessos terrestres ao Porto de Santos. “Exatamente para compatibilizar esse novo potencial que o porto terá a partir da dragagem”.

A utilização de outros modais para eliminar os gargalos de acesso, como o hidroviário, explica Pedro Brito, está sendo estudada também. “A hidrovia é um modal que objetivamente pode ser melhorado em toda a região da Baixada Santista”.
Já sobre as obras do Ferroanel, Brito disse que serão retomadas no início do próximo ano, e que tanto o ferroanel e o rodoanel são investimentos priorizados pelo Governo Federal em associação com o Governo do Estado de São Paulo.

“São absolutamente indispensáveis para a melhoria da eficiência do Porto de Santos. Houve um perãodo de crise que retraiu um pouco os investimentos, mas isso foi uma fase que será superada rapidamente, porque é uma necessidade demandada pelo mercado, não há como fugir dessa providência para melhorar o acesso ao Porto de Santos”.