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Clippings - 12/08/09

Movimentação de cargas crescerá mais de 180% nos próximos 15 anos

A demanda de cargas para o Porto de Santos deverá crescer 184% em 15 anos, permitindo que o complexo chegue a movimentar anualmente 230 milhões de toneladas. A estimativa integra o master plan (plano mestre) do cais santista, um estudo sobre a evolução do volume de cargas e a necessidade de novas instalações marítimas na região, encomendado pela Secretaria Especial de Portos (SEP) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID).

A projeção foi revelada pelo presidente da Codesp, José Roberto Serra, na última semana. Elaborado pelo consórcio formado pelas consultorias Loius Berger e Internave, o estudo completo deverá ser divulgado apenas no final deste ano.

Até então, a Codesp tinha anunciado somente linhas gerais do levantamento. De acordo com as estimativas do consórcio, o Porto chegará a 229,7 milhões de toneladas em 2024. A carga geral será a principal responsável pelas operações, embora os granéis líquidos tenham de receber uma atenção especial nos próximos anos.

Ao que tudo indica -¬ evidentemente, desde que haja a confirmação da recuperação econômica mundial, o complexo chegará a 2024 com um movimento anual de 122 milhões de toneladas em carga geral, o que representará um aumento de 239%, comparativamente à expectativa otimista para 2009, de 36 milhões de toneladas.

Os granéis sólidos serão a segunda maior força em tipo de mercadoria do cais santista. A projeção é que, em 15 anos, a movimentação seja da ordem de 69,4 milhões de toneladas. O volume é quase o dobro do que Serra estima para este ano ¬- 36,2 milhões, quase o mesmo volume da carga geral.

A principal aposta para atender essa demanda é a construção do Barnabé-Bagres. Idealizado como um novo conjunto de terminais e armazéns, o projeto está em fase de estudos de viabilidade, mas já estima-se que sua implantação custará em torno de R$ 11,2 bilhões.

Desafio
Os granéis líquidos serão o terceiro maior segmento de cargas, mas o de maior crescimento no intervalo de 15 anos. O presidente da Codesp afirmou que essas mercadorias chegarão a 38,2 milhões de toneladas em 2024.

A evolução dos líquidos será de quase 130%, em comparação à previsão de 2009. Neste ano, a expectativa da Codesp é que haja um volume de 16,65 milhões de toneladas.

Serra explicou que os granéis líquidos serão o grande desafio da Autoridade Portuária, pois há uma demanda mundial crescente, por exemplo pelo etanol. Além disso, ele admitiu que existe um déficit de instalações para esse mercado. Temos que trabalhar forte na infraestrutura para atender esse escoamento.(Fonte: A tribuna (Santos)/DIOGO CAIXOTE)