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Clippings - 23/06/09

Movimento feito em Santos supera a soma de 5 portos

A liderança de Santos frente aos outros portos brasileiros é tão grande que, para superá-lo, é necessário somar o comércio internacional dos cinco seguintes no ranking. Sozinho, o cais santista respondeu por mais de um terço das transações (34,8%) na avaliação entre os escoadouros do País.

O Porto de Santos escoou US$ 65,380 bilhões em 2007, ano-base da pesquisa Portos Brasileiros 2009: ranking, área de influência, porte e valor agregado médio dos produtos movimentados, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O segundo colocado no ranking brasileiro, o Porto de Vitória, no Espírito Santo, movimentou US$ 17,087 bilhões, com destaque para US$ 3 bilhões em exportações de minério de ferro. Comparativamente, o volume do porto capixaba representa apenas 26,1% do que foi operado no complexo do litoral paulista.

Em terceiro lugar, o Porto de Paranaguá, no Paraná, somou US$ 16,553 bilhões, muito próximo de Vitória. O complexo localizadona Região Sul correspondeu, então, a 25,3% das operações feitas em Santos.

A força do porto paranaense está no setor agroindustrial e madeireiro, que registrou exportações de US$ 5,47 bilhões. Houve, ainda, grande movimentação nos segmentos de materiais de transporte (US$ 2,52 bilhões), alimentos e bebidas (US$ 2,28 bilhões) e indústrias químicas (US$ 2,27 bilhões) e mecânica (US$ 1,47 bilhão).

Quarto colocado no ranking, Rio Grande, considerado na pesquisa de grande porte, porém de abrangência regional, acumulou US$ 13,265 bilhões em negócios durante o perãodo pesquisado. A cifra fez o complexo ter 7,1% de participação no comércio exterior brasileiro. No duelo com Santos, seu volume representou apenas 20,3%.

O porto gaúcho também se destacou nas remessas ao exterior de produtos agroindustriais e madeira, em um total de US$ 4,9 bilhões. Na importação, adubos e fertilizantes e a indústria automobilística fizeram uma movimentação de US$ 714,24 milhões e US$ 535,74 milhões, respectivamente.

RIO DE JANEIRO
Mais próximo geograficamente a Santos entre os primeiros da lista, o Porto do Rio de Janeiro (RJ) operou US$ 12,183 bilhões. Os produtos siderúrgicos foram os principais da pauta fluminense.

A categoria que engloba, por exemplo, ferro fundido e aço, teve US$ 2,54 bilhões em exportações, sendo as ferroligas, com US$ 882,41 milhões, sendoUS$ 853,79milhões originários de Minas Gerais. O setor automotivo ocupou a segunda colocação da exportação, com US$ 1,32 bilhão.

Na importação, o Porto do Rio mostrou força com os óleos de petróleo ou betuminosos, com US$ 291,14 milhões e partes e acessórios de veículos para usos especiais e serviços, com US$ 276,97 milhões.

Principal porto de Santa Catarina, Itajaí enquadrou-se na quinta colocação do comércio internacional brasileiro, conforme a pesquisa do Ipea. O complexo atingiu US$ 7,884 bilhões em transações.

As exportações em Itajaí tiveram larga vantagem. Foram US$ 5,75 bilhões em produtos enviados ao exterior, com as carnes e miudezas de aves liderando com US$ 1,39 bilhão. Nas importações, no total de US$ 2,12 bilhões, os fios de filamentos sintéticos chegaram a US$ 96,44 milhões.

São SEBASTIão
Segundo porto do Estado de São Paulo, São Sebastião foi o sétimo da lista de comércio exterior. E, só a partir da inclusão do movimento de carga em São Sebastião com os outros cinco portos anteriores é que Santos é ultrapassado no valor movimentado.

Localizado no Litoral Norte, o complexo é o primeiro do ranking considerado de abrangência local, porém de grande porte. O porto atende a sete estados da Federação, com transações no valor total de US$ 7,06 bilhões, o que representa 3,76% do comércio internacional brasileiro.

Os produtos minerais foram responsáveis por quase 90% das trocas realizadas pelo porto (US$ 6,81 bilhões). O complexo é utilizado pela Petrobras, que exporta e importa praticamente os mesmos produtos.

As importações somaram US$ 5,65 bilhões, sendo os óleos brutos de petróleo, com US$ 4,69 bilhões, e os óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, com US$ 879,05 milhões, aparecem na liderança. Já as exportações somaram US$ 1,41 bilhão, tendo os óleos de minerais betuminosos, com US$ 840,14 milhões, e os brutos de petróleo, com US$ 395,13 milhões.

De acordo com a pesquisa, a repetição de produtos se dá porque a Petrobras exporta petróleo bruto mais pesado (característica do produto brasileiro) e importa óleos mais leves, para melhorar o refino. Por outro lado, a empresa vende ao exterior derivados que não têm demanda suficiente no mercado interno, como gasolina, e traz produtos não auto-suficientes, como óleo diesel e gás de cozinha.
Fonte: A Tribuna – D4