Empresa tem projetos a gás natural e eólicos cadastrados no A-5 deste mês.

A MPX Energia tem a expectativa de que os leilões de energia nova a partir de 2013 terão preços mais altos para atrair a iniciativa privada. O diretor Financeiro da companhia, Rudolph Ihns, comentou durante apresentação na Apimec-Rio, que as empresas estatais, que aceitam taxas de retornos mais baixas, podem não ter o fôlego financeiro necessário para adquirir novos projetos, devido ao impacto da Medida Provisória 579. Além disso, o dólar mais alto também influencia nos preços do certame.

Eu acho que o preço vai ter que ser mais alto por uma questão econômica, porque o investidor privado não vai entrar no projeto com a taxa de retorno que talvez outros investidores possam entrar, declarou. Ele disse ainda que se os preços de usinas hidrelétricas ficarem em patamares semelhantes aos do leilão A-5 de 2011, a iniciativa privada não vai entrar. Nesse leilão, a UHE São Roque foi a única licitada. Ela tinha um preço-teto de R$ 123/MWh, mas comercializou energia a R$ 91,20/MWh.

Eu acho que no curto prazo o preço da energia cai, mas o preço da nova energia em leilão, a princípio, a nossa expectaiva é de que o preço aumente, apontou. Para o leilão A-5 de 2012, a MPX foi a única empresa que apresentou um projeto a gás natural. O projeto, de 360 MW, é uma complementação da UTE Parnaíba I, para o fechamento do ciclo combinado. Além disso, a empresa cadastrou ainda 158,7 MW eólicos.