O terminal Muelle Sur da DP World em Callao (Peru) está se consolidando como hub de contêineres para a América do Sul. A instalação, inaugurada em abril, concluiu a primeira fase do programa de investimentos na ordem de US$ 617 milhões, representando opção para linhas que procuram novas rotas para empregar tonelagem ociosa, conforme o Lloyd`s List.

Callao já era reconhecido como porta de entrada para a economia da América Latina nos últimos cinco anos, e a instalação de seis guindastes pós-panamax consolidou o terminal como principal escala para navios na costa oeste da América do Sul, com armadores como MSC, Hamburg Süd e Maersk Line redirecionando embarcações de grande porte para Muelle Sur.

A MSC atualmente quebrou recorde de embarques para o trade com o MSC Botswana, de 6.200 Teus, em sua primeira viagem ao complexo, em junho.

Com a escassez da capacidade dos navios em Callao, já estamos testemunhando um processo de reativação de tonelagem em vários serviços que escalam o porto, com unidades de 3.500 Teus dando lugar a navios de 4.000 a 6.000 Teus , disse o gerente geral da DP World Callao, Maciek Kwiatkowski.

Callao está se colocando ao lado de outros portos ao longo da costa das Américas como hub port de transbordo na costa oeste de América do Sul, particularmente para o Norte de Chile, Equador e outros portos peruanos. O aumento na capacidade de movimentação e calado tornará o porto ainda mais atraente como hub regional, afirma Kwiatkowski.

A DP World deve apostar ainda mais em Callao; a companhia tem planos de investir US$ 1,3 bilhão para desenvolver o cais público ao norte de Muelle Sur – projeto que levaria o investimento total para quase US$ 2 bilhões.