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Clippings - 22/10/12

Nos portos, gasto de R$ 1,5 bi a ver navios

Com o governo prestes a lançar novo pacote para investimentos em portos e aeroportos, empresários do setor alertam que os problemas vão muito além da falta de recursos.

Maior legado da Secretaria Especial de Portos, o Programa Nacional de Dragagem, que já consumiu R$ 1,5 bilhão em investimentos e tem previsão de gasto total de R$ 2,4 bilhões até 2014, apesar de ter saído do papel, ainda não trouxe ganhos para o país.

O motivo? Os empresários reclamam da demora da Marinha em homologar obras, algumas concluídas há um ano e, assim, navios maiores não podem atracar nos terminais. Segundo eles, só o Porto de Recife foi homologado.

A Marinha contesta e diz que, além de Recife, homologou novas profundidades de canais de acesso dos portos de Rio, Salvador, Angra e Itaguaí. Por este cálculo, porém, faltariam ainda nove homologações.

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), Sérgio Salomão, a burocracia estatal provoca atrasos e custos para empresários e governo: Os navios trabalham com cartas náuticas, nas quais, entre os valores dos portos, está a profundidade. Como os novos calados ainda não foram homologados, eles têm que trabalhar com os valores antigos, sendo obrigados a fazer operações especiais mais demoradas e com mais rebocadores. É dinheiro jogado fora.

Enquanto a homologação anda em marcha lenta, o setor de contêineres cresce cerca de 10% ao ano, diz a Abratec. Ano passado, a movimentação de contêineres nos portos brasileiros alcançou 8.247.156 TEUs (medida padrão do setor, que se refere a um contêiner de 20 pés).