Instalação de sistema de monitoramento traz eficiência para atracação de navios.
A licitação do VTMIS (Vessel Traffic Management Information System), Sistema de Gerenciamento e Monitoramento de Tráfego de Navios, passa por mais uma etapa este mês no Porto de Santos, com a abertura das propostas dos participantes da concorrência. A expectativa é que o projeto esteja implantado até o final de 2011.
O VTMIS será composto por quatro torres de monitoração e uma central de processamento e supervisão dos dados obtidos pelas instalações. O sistema auxiliará no controle de tráfego de embarcações, pois tornará mais segura a espera de navios nas áreas de fundeio e mais eficiente a movimentação e atracação de embarcações no porto. Esses recursos serão integrados à gestão de segurança da Supervia Eletrônica de Dados e ISPS Code.
A empresa vencedora da licitação deverá construir as instalações da central e as torres, além de implementar o sistema no perãodo de um ano. Ela será responsável, também, pela manutenção do VTMIS por dois anos e pelo treinamento dos operadores da central.
O dispositivo aumentará a segurança na área de fundeio, como exemplifica o diretor de Planejamento Estratégico e Controle da Codesp, Renato Barco. Imagine uma pequena embarcação chegando perto de um navio que esteja fundeado, o radar detecta, a câmera mira o local e, com isso, pode ser evitado um assalto. Isso é um ganho de segurança fantástico, de extrema relevância para o porto.
O VTMIS será um avanço significativo na gestão do fluxo de embarcações, na proteção dos usuários do porto e na manutenção da segurança, eficiência e regularidade das atividades portuárias. Esta é mais uma das iniciativas fundamentais para a estatal consolidar seu papel de Autoridade Portuária e se adequar à demanda projetada de crescimento. É um sistema muito avançado tecnologicamente, que permitirá controlar, de forma eficiente, a entrada e saída de navios no porto, principalmente com a conclusão dos serviços de aprofundamento e alargamento do canal de navegação. Esse sistema é essencial para Santos, que opera quase 6 mil embarcações por ano, pois disponibiliza informações que servem não só para o tráfego dentro do canal de navegação, mas também, para controle de questões ambientais e apoio em situações de emergência, explica o presidente da Codesp, José Roberto Serra.
O valor total do investimento somado ao custo de manutenção por dois anos é de R$ 15 milhões, a serem pagos com recursos da própria companhia. É mais uma medida que coloca o Porto de Santos no nível dos maiores portos do mundo, define Barco. Os envelopes com as propostas serão abertos no dia 15 de outubro.