Uma nova greve no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), anunciada na sexta-feira passada (8), é apenas mais um capítulo da série de obstáculos que a Petrobras vem enfrentando na área de refino, cujo principal vilão é o controle de preços pelo governo, dizem analistas.
Esta é a sexta greve na unidade, que já deveria estar em operação desde 2012, ajudando a amenizar a necessidade de importação de diesel pela estatal, prática que junto com a importação de gasolina vem sangrando seu caixa nos últimos dois anos.
No balanço de 2012, a área de abastecimento, responsável pelas importações de derivados de petróleo, teve prejuízo de R$ 23 bilhões, acendendo a luz vermelha no mercado e contribuindo para que a empresa registrasse o pior lucro em oito anos.
Para 2013, a previsão da presidente da empresa, Graça Foster, é de um ano ainda mais difícil do que o ano passado. A perspectiva para o consumo interno de combustíveis este ano é de um aumento de 4%, e nenhuma gota a mais de petróleo pode ser refinada no país.