As companhias marítimas estão sofrendo com o número de encomendas realizadas no primeiro trimestre deste ano, quando contrataram 227 navios novos – volume mais baixo registrado desde o terceiro trimestre de 2009. De acordo com a Clarksons, apenas oito tanques foram contratados entre janeiro e março deste ano, o menor número trimestral desde que a empresa começou a registrar o número de contratos em 1996.
Em declaração ao World Fleet Monitor Report, a Clarksons afirmou que os resultados têm relação com sensibilidade atual do mercado bulk: Dada a fraqueza da maioria dos mercados de afretamento de bulk, a contratação no primeiro trimestre de 2011 foi compreensivelmente menor em cerca de 38%. Os contratos de tanques têm desempenhado particularmente pior no crescimento, registrou.
Os oito tanques de 667.000 dwt encomendados no primeiro trimestre deste ano se opõem consideravelmente aos 75 navios de 13,8 dwt contratados entre julho e setembro do ano passado. Para o setor de dry bulk, a queda no contrato de embarcações foi semelhante, já que apenas 79 bulkers de 6,6m dwt foram encomendados no primeiro trimestre do ano. Uma grande queda de 279 embarcações de 31,5m dwt foi registrada no segundo trimestre de 2010.
A última vez que os contratos de dry bulk ficaram tão baixos assim foi no segundo trimestre de 2009, quando 31 navios de 3,2 m dwt foram encomendados. A inglesa ICAP Shipping, em seu último relatório mensal, focou o texto nas atividades de encomenda, mais especificamente na falta delas: Ainda está difícil conseguir financiamento, isso deixa pouco cenário para contratos no momento, afirmou.
Apesar de os preços dos novos navios terem chegado ao seu ponto mais baixo desde a primeira metade de 2006 tanto para o segmento de carga seca quanto para o de tanques – depois de um aumento insignificante no começo de 2010 – a ICAP questionou se alguns proprietários acreditam que é preciso fazer algumas poupanças enquanto as encomendas não chegam em alto volume. Os preços dos navios novos não devem baixar muito devido à alta nos custos de material e de entrega.
Contratos substanciais na maior parte do setor marítimo durante o perãodo de boom depois da crise no final de 2008 criaram uma grande carteira de encomendas para os setores de dry bluk e de tanques. No entanto, desde então, as taxas caíram, arrastando o número de encomendas para baixo, de acordo com a ICAP: Se isso continuar então o setor pode ter um diagnóstico de crescimento menor da frota para os próximos anos, o que ajudaria a aumentar as taxas de afretamento, revigorando o mercado de novos navios. O setor não deve ficar parado por muito tempo, afirmou a companhia.
De acordo com a Clarkson, o Japão foi o país que mais contratou tonelagem durante o primeiro trimestre de 2011, contratando 1,6 milhões de dwts e tirando a Grécia do topo. No ano passado, assim como em 2008, os proprietários gregos somaram mais encomendas, chegando a 15 milhões de dwts.