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Clippings - 09/09/24

Novas recomendações de segurança para operadores de contratos de E&P

A diretoria da ANP elaborou novas recomendações de segurança após a aprovação do relatório de investigação de incidente ocorrido em sonda de perfuração da Nova Petróleo, que resultou no falecimento de um funcionário da empresa

Foto: Divulgação ANP

A diretoria da ANP elaborou recomendações aos operadores dos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural com o objetivo de evitar a ocorrência de incidentes semelhantes ao que aconteceu em outubro de 2023 em uma sonda de produção terrestre da empresa Nova Petróleo, que resultou no falecimento de um funcionário da empresa.

As recomendações são:

  • Rever os equipamentos de segurança em altura de forma que o trabalhador tenha ao menos duas barreiras de segurança e que seja apropriado ao perfil da atividade que está sendo realizada;
  • Desenvolver ou adotar ferramentas que permitam a elaboração, documentação, execução, controle e revisão de procedimentos operacionais;
  • Promover a adequada análise de riscos e gestão de mudanças na instalação, com frequência de reavaliação dos riscos bem definida;
  • Planejar, analisar e documentar os riscos da tarefa de forma que a força de trabalho tenha melhor percepção dos riscos associados;
  • Realizar inspeções e auditorias de segurança tanto das instalações quanto das atividades realizadas e comportamentos praticados pela força de trabalho, periodicamente; e
  • Desenvolver matriz de treinamento e respectivos treinamentos de forma que garantam a capacitação adequada da força de trabalho.

O incidente ocorreu no campo Fazenda Santo Estevão, localizado na Bacia do Recôncavo e também operado pela Nova Petróleo. O funcionário, que executava a função de torrista, sofreu uma queda durante a finalização do procedimento de desmontagem da sonda Geosolo.

Como não houve testemunhas e não há registros de imagens do momento da queda, o processo de investigação se concentrou em duas hipóteses, sendo uma delas a mais provável: a de que o funcionário teria caído após subir a torre para desconectar a tomada de energia, que fica a cerca de 20 metros do solo.

Contudo, ambas as hipóteses seriam consequência de causas raiz semelhantes. As causas raiz encontradas, segundo a comissão de investigação da ANP, foram:

  1. Falha na cultura de segurança da empresa;
  2. Falha do Sistema de Gestão no gerenciamento de procedimentos operacionais;
  3. Gestão da segurança nos projetos insuficiente (o ambiente de trabalho não foi projetado ou modernizado para estar em acordo com as melhores práticas da indústria);
  4. Riscos da tarefa não analisados adequadamente;
  5. Falta de ferramentas de monitoramento da segurança operacional; e
  6. Gestão do treinamento de pessoal falha, uma vez que a vítima não possuía os treinamentos adequados, inclusive o que se refere a trabalho em altura.

A partir da aprovação do relatório de investigação do incidente, terá início o processo administrativo que determinará as sanções a serem aplicadas pela ANP à empresa.

Fonte: Revista Brasil Energia