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Clippings - 31/08/10

Novo canal impulsionará Santos

A construção de um novo conjunto de eclusas no Canal do Panamá, na América Central, causará impactos positivos no Porto de Santos, segundo executivos do setor. Mas ainda não é possível mensurar em que escala isso ocorrerá.

Isso vai tornar Santos ainda mais interessante. Agora, vai depender muito de como vai evoluir o tráfego marítimo, disse Mauro Salgado, da Santos Brasil.

A menor distância entre Santos e o leste asiático em relação à rota atual, ao largo do Cabo Horn (Chile) ou do Cabo da Boa Esperança (África do Sul),deve favorecer o transporte de contêineres no Brasil. É o que pensa o presidente do Grupo Localfrio, Marcelo Orpinelli.

O tempo de viagem é menor e o volume de cargas, consequentemente, será maior. O Porto precisa se preparar.Em relação à infraestrutura atual dos terminais, para o diretor da Deicmar, Gerson Foratto, Santos está no caminho certo.

O que impede o Porto de Santos de receber grandes navios de contêineres? Não são os terminais, pontuou, lembrando que a dragagem de aprofundamento do canal de navegação e dos berços, por si só, ampliará a capacidade de recepção de navios no complexo santista. Não deveremos ter novos projetos de terminais por conta disso (ampliação do Canal do Panamá). Os que estão aí são grandes e bons.

Segundo Foratto, a tendência é que cada vez mais navios maiores venham ao Brasil, apesar da quantidade pequena de contêineres movimentados no País em comparação com nações europeias, asiáticas e norte-americanas. Assim também pensa o diretor da Rodrimar, Ricardo Mesquita. Para ele, a curto prazo, não ocorrerão grandes alterações no Porto de Santos.

A obra só vai ficar pronta em 2014 e nem sempre estes prazos (de construção) são cumpridos. E o que temos escutado dos armadores é que os pós-Panamax não vão descer para Santos. De acordo com o executivo, os grandes navios seriam mantidos nas rotas Leste-Oeste ou seja, servindo ao comércio entre China, Japão e Índia com a costa Leste dos Estados Unidos e a Europa.

Para ele, o Brasil receberá embarcações com, no máximo, 6 mil TEUs (unidade equivalente a um contêineres de 20 pés) de capacidade. As novas eclusas do Canal do Panamá permitirão a passagem de cargueiros com até 12 mil TEUs. ALERTA Apesar de ver com bons olhos a expansão do Canal do Panamá, o diretor-geral da Libra Terminais em Santos, Roberto Lopes, alerta para a necessidade de o País se preparar para o crescimento que isto causará.

É importante conseguir identificar junto aos players do mercado os planos e projeções de médio e longo prazo. Isso permitirá planejar a adequação da infraestrutura, garantindo as condições necessárias para o crescimento da participação do Brasil no comércio mundial, sem riscos de geração de novos entraves logísticos e operacionais.