O campo é operado pela Carmo Energy e faz parte do Polo Carmópolis, localizado na Bacia de Sergipe

A ANP aprovou o Plano de Desenvolvimento (PD) do campo de Riachuelo, localizado na Bacia de Sergipe e operado pela Carmo Energy com 100% de participação. O campo terrestre faz parte do Polo Carmópolis, ativo que contém 11 campos onshore na mesma bacia e que é operado pela companhia desde dezembro de 2022.

Riachuelo, que possui área de desenvolvimento de 62,70 km², foi descoberto em novembro de 1961 e iniciou sua produção em outubro de 1965, tendo o óleo como fluido principal. Com a revisão do PD, o término da fase de produção foi adiado para 5 de agosto de 2052.

O campo conta com um total de 19 satélites de coleta, duas estações coletoras (Treme – Ecotre e Bonfim – Ecobon) e uma estação de tratamento de óleo e da água produzida (Coqueiro – Ecocoq).

A produção bruta dos poços é encaminhada, através das suas linhas de produção, para os satélites de coleta que, por sua vez, os distribui entre as Estações Coletoras Treme (Ecotre) e Bonfim (Ecobon). Após a separação bifásica (gás/líquido) na Ecotre e na Ecobon, a fase líquida segue, por dutos, para a Estação de Tratamento Coqueiro (Ecocoq), onde o óleo e a água são separados e tratados.

O óleo é então transferido, por dutos, para o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo), enquanto a água é destinada ao sistema de injeção para recuperação secundária do próprio campo de Riachuelo. Por fim, o gás natural, em função dos baixos volumes realizados, é ventilado/queimado em sua totalidade.

Os principais reservatórios do campo são arenitos e conglomerados de leque deltaico eoaptianos do Membro Carmópolis da Formação Muribeca, com porosidade média de 19% e permeabilidade de 100 mD, saturados com óleo de 28 °API. Os mecanismos primários de produção são a capa de gás e o gás em solução e, como método de recuperação secundária, é utilizada a injeção de água.

A Carmo Energy adquiriu o Polo Carmópolis em dezembro de 2021, sendo esta a primeira aquisição de ativos do Grupo Cobra no programa de desinvestimento da Petrobras e sua estreia no segmento de upstream no Brasil como operadora. A venda foi avaliada em US$ 1,1 bilhão.

A companhia aguarda o aval da ANP para a revisão do PD das outras concessões do polo. De acordo com dados da ANP referentes ao mês de agosto, a Carmo Energy produziu uma média de 9,6 mil bpd – a meta é chegar, nos próximos anos, aos 20 mil bpd, informou Philipe Passos, gerente regulatório da companhia, em entrevista à Brasil Energia no início do ano.

Fonte: Revista Brasil Energia