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Clippings - 30/11/10

Novos pedidos de navios devem ampliar capacidade em 26%

O excesso de capacidade na frota de porta-contêineres deve crescer a partir de 2011, de acordo com a consultoria parisiense SeaAxis. Em seu relatório trimestral sobre o transporte de conteinerizado, a companhia afirma que os armadores terão que lidar com um acréscimo de 26% na capacidade atual.

Segundo o vice-presidente de gestão de risco da SeaAxis, Philippe Hoehlinger, a capacidade adicional surge à medida que o descarte de navios diminui e os cancelamentos e adiamentos de encomendas cessaram. A capacidade da frota efetiva, excluindo o impacto do slow steaming e colocação de navios em lay-up, deve ter um aumento de 17% este ano e 10% até ao final de 2011, de acordo com a estimativas da SeaAxis.

As taxas de frete já começaram a indicar a mudança que deve durar para os próximos dois trimestres, Hoehlinger escreveu no relatório. Com o aumento dos custos operacionais, as operadoras serão pressionadas pela capacidade que está crescendo mais rápido do que a demanda.

A SeaAxis afirma que as taxas globais devem diminuir em pelo menos 10%, em decorrência da grande oferta. O excesso de capacidade atingirá o seu pico no final do primeiro trimestre de 2011 e, em seguida, se recuperará progressivamente, um pouco mais rápido do que se esperava, mas não totalmente até o final de 2011, disse Hoehlinger.

Os armadores sobreviveram à recessão, atrasando as entregas de navios e diminuindo a velocidade da embarcação para economizar combustível. A SeaAxis disse que a reativação de unidades que estavam em lay-ups fará com que a oferta excessiva das operadoras seja um pouco menos catastrófica do que o esperado.

Porém, o estudo aponta que os fundamentos para o transporte de contêineres continuam favoráveis no médio prazo, com a formação de cadeias globais de abastecimento, o aumento do comércio de mercadorias e o crescimento dos países do BRIC (Brasil, Rússia , Índia e China) proporcionando a demanda para o futuro.