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Clippings - 16/10/09

Obra vai abrir Porto de Vitória para indústria de petróleo

O grande potencial do Espírito Santo na área de petróleo e gás poderá direcionar o futuro do Porto de Vitória. Com a nova profundidade de 14 metros, depois que for feita a dragagem para aprofundamento do canal e da bacia de evolução, o porto da Capital poderá receber embarcações de médio porte, comuns nas empresas de apoio à exploração de óleo, e maiores do aquelas que recebe atualmente.

A avaliação é do presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Ângelo Baptista. Ele destaca que as operações portuárias do setor de petróleo e gás podem ser feitas em porto de pouca profundidade e também sem a necessidade de grande retroáera (espaço para armazenamento de cargas). O Porto de Vitória tem o perfil para atender à indústria de petróleo e gás nos próximos anos, acredita.

O Porto de Vitória poderá ainda movimentar granéis sólidos, fertilizantes e exportar grãos. O porto público também continuará atendendo à demanda das pequenas e médias empresas exportadoras e importadoras sediadas no Estado. Acreditamos que as operações de cabotagem se desenvolverão fortemente nos próximos anos, explica Baptista.

Com a ampliação do cais comercial que abriga os berços 101 e 102, a retroárea passará dos atuais 16 mil m2 para 30 mil m2, possibilitando a armazenagem de maior volume de cargas diversas. O aumento do espaço será possível com a demolição dos armazéns 4 (que abriga a sede administrativa da Codesa) e 5 (onde funcionou a Estação Porto).

Como não são tombados, os prédios poderão ser demolidos, informa Baptista. A demolição dos dois prédios centenários acontecerá no próximo ano, assim que forem iniciadas as obras de ampliação do cais comercial, que estão em processo inicial de licitação. Além da ampliação da retroárea do cais comercial, a retirada dos prédios proporcionará aos moradores da Capital, uma nova imagem do Porto de Vitória.

Vila Velha terá mais três terminais portuários – O ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, autorizou a inclusão, no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), da dragagem, em Vila Velha, que viabilizará a implantação de dois projetos no município: a construção de três terminais portuários na Enseada do Jaburu, voltados para a área de petróleo e gás, e a construção dos atracadouros na Prainha, voltados para a área de turismo.

Os empreendimentos, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Octaciano Neto, estão na carteira de projetos prioritários de Vila Velha. A implantação dos projetos, entretanto, depende da dragagem para limpeza e aprofundamento da área. O custo da dragagem só será definido após a elaboração do projeto básico.

A inclusão da obra no PAC foi solicitada ao ministro Brito pelo presidente da Codesa, Ângelo Baptista, e pelo prefeito de Vila Velha, Neucimar Fraga. Agora a prefeitura e a Codesa se encarregarão da elaboração do projeto básico para que a obra seja incluída no PAC e a União viabilize os recursos necessários. Quando o dinheiro estiver garantido, a Codesa fará a licitação da obra.

A dragagem, explicou Neto, viabilizará a implantação dos três terminais portuários voltados para a área de petróleo e gás e para o setor metalmecânico na Enseada de Jaburuna. Os terminais, segundo o secretário, serão construídos com recursos da iniciativa privada. Os projetos de dois terminais já estão elaborados e deverão ser apresentados à prefeitura no próximo ano.

O outro projeto que poderá ser viabilizado com a dragagem é a construção de atracadouros na Prainha para a construção de uma marina e também para navios de cruzeiros. Na parte seca da Prainha, há projeto de construção de restaurantes. As propostas visam a atender aos setores de turismo e de cultura.

Superporto receberá maiores navios do mundo – Os maiores navios de contêineres que estão em operação e que estão sendo construídos não chegarão a nenhum porto do Brasil. Com o porto de águas profundas, nosso objetivo é claro: queremos e vamos receber os maiores navios de contêineres do mundo. A declaração do presidente da Codesa, Ângelo Baptista, demonstra o otimismo do grupo que esteve na Bélgica, na semana passada, apresentando o projeto do superporto para investidores de vários países. Ele conta que o projeto, considerado ousado pelo presidente Lula, chamou a atenção dos investidores. O projeto prevê a instalação do porto, que terá capacidade para a movimentação anual de 2 milhões de contêineres, em três fases. O investimento na primeira fase será de cerca de R$ 800 milhões. O investimento total, ainda não definido, deverá ser de US$ 900 milhões.