A Petrobras e a Ocean Rig assinarão até o início de março os contratos de afretamento dos navios-sonda Deepwater Mikonos e Deepwater Corcovado, que irão operar com dedicação exclusiva no campo de Mero, na Bacia de Santos.

A contratação dos equipamentos será submetida à aprovação da diretoria da petroleira nesta quinta-feira (14/2), quase três meses depois de a empresa de perfuração apresentar os melhores preços na licitação lançada pela estatal em maio do ano passado.

Em seguida, os contratos serão submetidos à apreciação dos sócios do consórcio de Libra (Shell, Total, CNPC e CNOOC), processo que deve se estender por duas semanas. Por último, terão de ser aprovados pela PPSA.

As propostas comerciais da licitação de Mero foram abertas em novembro. Segundo fontes, a taxa diária apresentada pela Ocean Rig para a sonda Deepwater Mikonos, que irá operar com MPD, ficou próxima do patamar de US$ 235 mil, enquanto a da Deepwater Corcovado foi de cerca de US$ 215 mil. Os valores desbancaram as ofertas da Seadril, Pacific Drilling, Ensco, e Maersk.

A Deepwater Mikonos e a Deepwater Corcovado entrarão em operação em novembro, perfurando poços de desenvolvimento no ativo. Ambas estão em Las Palmas, passando por pequenas obras de adaptação para atender às exigências contratuais da Petrobras.

As unidades operavam até maio exclusivamente no projeto do BM-S-11, onde está o campo de Lula, no cluster de Santos. Com o fim dos contratos, elas foram colocadas em regime de hot stack, nas Ilhas Canárias.

As sondas serão trazidas para o Brasil entre os meses de setembro e outubro. A expectativa é que o processo de aceitação dos equipamentos pelas autoridades brasileiras seja concluído entre cinco e sete dias.

A contratação das sondas marca o primeiro negócio da Ocean Rig no Brasil após ser adquirida pela Transocean, em setembro, e a retomada e suas operações locais – desde maio passado, a empresa está sem sondas no país. A fusão já foi formalizada, mas, por enquanto, a empresa será representada nas licitações da Petrobras pela Ocean Rig.

As sondas da Ocean Rig substituirão os contratos da Seadrill, que opera o navio-sonda West Tellus, afretado até outubro, e o West Carina, que deixou o projeto há poucos meses, depois de dois anos atuando no ativo.

Os contratos não contemplam cláusula de reajuste de tarifa, caso o consórcio opte por estender o prazo de afretamento. A Deepwater Mikonos, que tem exigência de MPD, ficará afretada pelo prazo firme de 550 dias, com opção de renovação por 815 dias. Já a Deepwater Corcovado será afretada por 629 dias firmes, com 680 dias opcionais.