A empresa prepara proposta para apresentar à Petrobras, que postergou o prazo de manifestação de interesse na licitação para 30 de agosto. Esse é o único bid da estatal aberto, atualmente, após as tentativas frustradas da estatal de contratar as unidades de Albacora e Sergipe Águas Profundas.

Especializada no afretamento de FPSOs, a Ocyan se prepara para participar da licitação da unidade de produção que será instalada no campo de Barracuda, um projeto de revitalização do campo pela Petrobras. A empresa trabalha, atualmente, na elaboração da proposta que vai apresentar à estatal.
A Ocyan chegou a participar da concorrência pelo FPSO de Albacora, que faz parte do mesmo projeto extensão da produção de áreas maduras da Bacia de Campos. A Petrobras, no entanto, não chegou a um acordo com a Ocyan, que, inicialmente, cobrou US$ 1,7 bilhão pelo afretamento.
Sem fornecedores dispostos a atender às exigências da estatal, sobretudo financeiras, o processo foi encerrado, assim como o de contratação das unidades de produção do projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP I e II).
A Petrobras chegou a avaliar a adoção do modelo de EPC (engineering, procurement e construction) como solução para os bids que não consegue tirar do papel, mas, agora, pende mais pelo sistema de BOT (Build Operate Transfer), em que as fases de afretamento e operação por fornecedores são mais curtas e o ativo é repassado à petrolífera em poucos anos após o primeiro óleo.
O BOT tem sido usado na margem equatorial da Guiana. Há expectativa de que a alternativa se repita também no Brasil. Para as afretadoras, a opção agrada mais do que a do EPC. Em contrapartida, no mercado, fornecedores de bens e serviços torcem pela aquisição direta frente à perspectiva de que a Petrobras vai dar vantagem à indústria local em suas obras.
Ainda sem um posicionamento claro da estatal sobre Albacora e SEAP, a Ocyan aposta suas fichas em Barracuda. A entrega de propostas estava prevista para acontecer no dia 1º de julho deste ano, mas o prazo foi adiado para 30 de agosto, numa tentativa de estimular a competição.
Fonte: Revista Brasil Energia