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Clippings - 13/12/10

Odebrecht avança no subsea

Preparando sua entrada no seleto mercado de fornecedores de equipamentos subsea – que ainda não tem nenhum player nacional –, a Odebrecht Óleo e Gás (OOG) se estrutura para atuar em mais uma área de serviços do setor petróleo a partir de 2011. A ideia é trabalhar no lançamento de umbilicais, risers e linhas de fluxos.

Hoje a OOG já atua nos segmentos de montagem e manutenção – construindo desde flares para plataformas até manifolds submarinos –, operação de FPSOs e perfuração. Com a nova empreitada, a companhia vai garantir presença em toda a cadeia de serviços offshore. “Somos a primeira empresa brasileira no setor de subsea. Vamos servir ao cliente em toda a cadeia do upstream”, afirma o presidente da OOG, Miguel Gradin.

Os planos contemplam a construção de duas bases de apoio offshore no país e uma no exterior. No Brasil, estão sendo analisadas locações nas regiões Sudeste e Nordeste, conta Gradin. O cronograma para implantar as bases deverá ser concluído no próximo ano. A OOG também pretende construir navios para o lançamento das linhas, mas a decisão será tomada apenas com contratos fechados. As embarcações serão construídas no Brasil.

A companhia já negocia com uma petroleira brasileira sua primeira campanha subsea para os próximos anos. “Os diálogos estão bem avançados”, diz o presidente da companhia, sem revelar, contudo, quem poderá ser seu primeiro contratante.

Um dos primeiros passos para consolidar a entrada no novo segmento está sendo dado com a instalação de uma nova base na Zona Especial de Negócios (ZEN), em Rio das Ostras, estado do Rio de Janeiro. A empresa vai construir um novo ponto de operações no local, em uma área de 150 mil m². Lá serão concentradas as operações subsea e também de FPSOs.

Recurso via capitalização

Ao que tudo indica, recursos não serão problema para a OOG cumprir suas metas estratégicas nos próximos anos. Em outubro, a empresa de serviços anunciou a Temasek Holdings, fundo soberano de Singapura, como novo sócio. A Temasek investiu US$ 400 milhões e terá participação de 14,3%.

“Investimos em vários mercados. O que nos atraiu nesse caso foi o parceiro. Isso é importante para atrair novos investimentos para o setor”, afirma o representante da Temasek no Brasil, Matheus Villares.

A capitalização adiou os planos da OOG de fazer sua abertura de capital na BM&FBovespa, mas não sepulta o projeto. “Futuramente pode haver uma outra capitalização ou IPO. Mas somente se houver necessidade financeira”, ressalta Gradin.

A Odebrecht projeta investimentos da ordem de US$ 3,5 bilhões nos próximos três anos. Os recursos aportados pela Temasek serão utilizados em novos projetos da empresa, mas não nas cinco sondas que a companhia está construindo atualmente fora do país.

A Temasek Holdings figura entre os dez maiores fundos soberanos do mundo, com um portfólio de investimentos de cerca de US$ 133 bilhões.