unitri

Filtrar Por:

< Voltar

Clippings - 11/11/09

OGX anuncia mais de 23 bilhões de barris

A OGX Petróleo e Gás Participações, maior companhia privada brasileira do setor de petróleo e gás natural em termos de área marítima de exploração, divulgou que os blocos onde atua têm um volume total de reservas (Recursos Totais não Riscados) de 23,317 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).

A OGX Petróleo e Gás Participações, maior companhia privada brasileira do setor de petróleo e gás natural em termos de área marítima de exploração, divulgou que os blocos onde atua têm um volume total de reservas (Recursos Totais não Riscados) de 23,317 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). A probabilidade média de sucesso na extração dessas reservas foi estimada em 34,5%, indicando que o potencial efetivo das reservas (Recursos Totais Riscados) é de 8,039 bilhões de boe.

A constatação, divulgada na manhí desta terça-feira, encontra-se nos dois relatórios elaborados pela consultoria DeGolyer & MacNaughton (D&M) que certificam os novos volumes de recursos da companhia. O Relatório de Recursos Potenciais certificou os recursos potenciais riscados líquidos da OGX, levando-se em conta a participação da companhia em cada bloco de exploração, em 6,672 bilhões de óleo equivalente (boe) e o Relatório de Recursos Contingentes, destacou que os recursos contingentes líquidos somam 212 milhões de boe. Os relatórios consideraram os potenciais dos 29 blocos onde a empresa atua: sete na Bacia de Campos, cinco em Santos, cinco no Espírito Santo, cinco na bacia Pará-Maranhão e sete no Parnaíba.

Em linha com o aumento substancial dos volumes, a OGX divulgou que está revisando seu plano de negócios de modo a refletir o escopo adicional de atividades necessárias para suportar o nosso processo de transformação de recursos em reservas provadas e acelerar a produção, destacou o comunicado divulgado pela companhia. A OGX alterou seu cronograma elevando de 51 para 72 poços marítimos e sete poços terrestres, até 2013. Para 2010, estão previstas as perfurações de 27 poços, ante 19 da previsão anterior. Em 2011 serão perfurados 24 poços, em 2012 serão 19 poços e em 2013, apenas três. De acordo com Paulo Mendonça, diretor geral da OGX, as novas estimativas de volumes dão ainda mais fôlego à empresa para que haja a revisão do cronograma exploratório para os próximos anos e, avançarmos no processo de transformação de nossos recursos em reservas provadas.

A D&M foi responsável pela elaboração do primeiro Estudo de Viabilidade da OGX, datado de março de 2008, onde foi estimado, baseando-se principalmente em dados sísmicos 2D, o volume total de recursos potenciais riscados líquidos da companhia em 4,8 bilhões de boe considerando uma probabilidade média de sucesso de 27%. Os relatórios elaborados pela D&M vêm corroborar aquilo que nossos técnicos e os novos dados sísmicos já vinham apontando: que os volumes de nosso portfólio são ainda mais atrativos e que o risco exploratório é inferior ao estimado anteriormente, declarou Mendonça. Ele xplicou que, durante os últimos 12 meses, a OGX adquiriu e processou novas sísmicas 2D e 3D, aplicando tecnologia de última geração. Os dados anteriormente adquiridos foram reprocessados utilizando as técnicas mais modernas e eficazes do mercado. A equipe técnica da OGX interpretou os novos dados para as bacias de Campos e Espírito Santo e os dados já existentes para os blocos recém adquiridos na Bacia do Parnaíba. A D&M revisou a nova interpretação da OGX e certificou estimativas de volumes em dois relatórios, disse ao explicar a alteração das estimativas.

Durante a teleconferência realizada pela OGX, os analistas mostraram-se cautelosos quanto à recepção dos relatórios, tanto em relação à metodologia adotada pela consultoria quanto pela qualidade do produto encontrado. Em respostas às perguntas, Mendonça explicou que os números anunciados são referentes ao pós-sal e não incluem o potencial de pré-sal. Vamos fazer imagens mais profundas para ver o potencial do pré-sal, destacou. O executivo disse ainda que na bacia do Parnaíba, onde adquiriu sete blocos em setembro e já havia sido furado um poço em 1987, há indícios de gás natural e óleo leve. Os demais poços ainda estão sendo avaliados.

O novo Relatório de Recursos Potenciais, que passa a substituir o anterior, datado de março de 2008, está baseado nos recém adquiridos dados sísmicos para os cinco blocos que compõem a parte sul da bacia de Campos e para os cinco blocos da bacia do Espírito Santo. Foi também incluída a estimativa preliminar de volumes baseados nas poucas linhas sísmicas disponíveis dos sete blocos adquiridos recentemente na bacia do Parnaíba, no estado do Maranhão.

Enquanto a área total destes blocos é de aproximadamente 21.500 km², estavam disponíveis para certificação apenas 1.200 km de dados sísmicos 2D adquiridos na década de 80. Já o Relatório de Recursos Contingentes certificou os recursos contingentes líquidos em 212 milhões de boe na bacia do Parnaíba, baseando-se em dados de um poço perfurado em 1987 no bloco PN-T-68 onde foram constatados indícios de hidrocarboneto. Sobre a bacia do Paranaíba, Mendonça destacou que, caso os volumes contingentes forem provados comercialmente viáveis, poderiam suportar uma capacidade de geração térmica maior que 1.000 MW.