O NAVE – Programa ANP de Empreendedorismo consiste na execução de projetos de inovação, por startups, a fim de solucionar desafios tecnológicos comuns do setor de energia
A ANP divulgou, nesta quarta-feira (11), as oito empresas de energia participantes da primeira edição do NAVE – Programa ANP de Empreendedorismo: Petrogal Brasil, TotalEnergies, China National Petroleum Corporation (CNPC), Shell, ExxonMobil, Equinor, Repsol Sinopec e Petrobras.
Elas serão responsáveis pela aplicação dos recursos necessários ao desenvolvimento do programa, que consiste na execução de projetos de inovação, por startups, a fim de solucionar desafios tecnológicos comuns do setor de energia. Cada empresa participante aportará o volume financeiro global de R$ 3,5 milhões.
O NAVE ANP utilizará recursos da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), presente nos contratos de exploração de petróleo e gás natural. Ou seja, as empresas petrolíferas poderão destinar os recursos da cláusula ao NAVE, assim como a projetos de PD&I com temas por elas definidos e ao Programa de Recursos Humanos da ANP (PRH-ANP).
Os desafios tecnológicos a serem abordados pelas startups estão sendo definidos conjuntamente pela ANP e pelas empresas participantes com base em cinco macrotemas:
- Tecnologias para exploração, produção, refino e descomissionamento;
- Tecnologias para segurança energética, armazenamento de energia e fontes alternativas;
- Tecnologias em transformação digital;
- Tecnologias de impacto ESG na geração de energia e produção de combustíveis; e
- Tecnologias para confiabilidade de sistemas, segurança operacional e proteção ambiental.
Os desafios constarão do edital do programa, que será divulgado em breve, com as regras para que as startups interessadas possam se inscrever.
O NAVE está previsto na Resolução ANP nº 918/2023 e sua primeira edição tem a Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) como entidade gestora administrativa e financeira, a partir de acordo de cooperação firmado com a ANP.
O programa conta com um Comitê Gestor, que consiste em grupo de apoio técnico, formado por especialistas que opinarão sobre a qualidade técnica das propostas apresentadas pelas startups.
Integram o comitê representantes da entidade gestora (Fundep) e de cada uma das empresas de energia participantes. A ANP exercerá o papel de consultora, integrando as reuniões e demais atividades do comitê.
Um dos objetivos do programa é estimular o empreendedorismo através de abordagem colaborativa e descentralizada, assim como ampliar o ecossistema de soluções tecnológicas inovadoras para a indústria nacional e prover mão de obra qualificada para o setor regulado, entre outros.
Fonte: Revista Brasil Energia