A construção de 10 mil quilômetros de ferrovias, cujos leilões de concessão estão previstos para o primeiro semestre do ano que vem, vai exigir R$ 56 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos, dos quais cerca de R$ 40 bilhões (71,5% do total) deverão ser financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O banco, que há 60 anos fez o primeiro empréstimo da sua história para a modernização da Estrada de Ferro Central do Brasil (Minas-Rio-São Paulo), prepara-se para apoiar financeiramente o plano do governo de ter esses 10 mil quilômetros de novos trilhos, em plena operação, até 2020.
A meta é otimista, na visão de especialistas e de executivos do setor, considerando-se o passado recente da expansão da malha ferroviária brasileira, marcada por questionamentos dos órgãos ambientais e de controle, por atrasos e aumento de custos nas obras.
Mas o que anima empresários é que o novo modelo definido para operação e exploração do setor ferroviário, em que as ferrovias serão repassadas a empresas privadas em regime de concessão, tende a resolver o problema de baixa execução das obras realizadas pelo governo.