O número de encomendas de porta-contêineres tem previsão de ultrapassar a casa dos 500 mil Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) este ano, após quase chegar a uma paralisação total no ano anterior. O ritmo de novos pedidos poderá aumentar ainda mais em 2011.

A corrida por novas embarcações iniciou-se com a Evergreen, que encomendou uma série de 10 navios com capacidade declarada de 8 mil Teus. Em seguida, a NOL (Neptune Orient Lines) anunciou um acordo de US$ 1,2 bilhão para embarcações de 8.400 Teus e 10.700 Teus de capacidade. Com isto, o valor acumulado do ano elevou-se em cerca de 200 mil Teus.

Com mais armadores considerando a construção de novas embarcações, a Maersk Broker previu nesta semana que o valor final para 2010 poderá superar 500 mil Teus, com a perspectiva para o ano seguinte ajustada para 1,5 milhão de Teus.

Ainda assim, o valor especulado seria inferior à metade dos porta-contêineres encomendados em 2007, quando foram fechados contratos de mais de 3,2 milhões de Teus em projetos. Este montante inclui cerca de 200 navios com capacidade superior a 8 mil Teus.

As encomendas caíram em aproximadamente 1,1 milhão de Teus durante o ano de 2008, em decorrência da desaceleração no setor industrial. Neste perãodo, a carteira de encomendas aumentou para cerca de 60% da capacidade da frota existente, impulsionada por encomendas de navios de grandes capacidades – maiores do que qualquer outro já construído.

Agora, o perfil de distribuição para alguns navios foi estendido até 2014, apesar de 2011 permanecer como o ano mais fértil para entregas, com previsão total de 1,3 milhão de Teus em embarcações. Para 2012, o número estimado é de 1,2 milhão de Teus.

De acordo com a Maersk Broker, quase 850 mil Teus foram entregues nos primeiros sete meses deste ano, reduzindo a carteira de encomendas em 26,7% da capacidade da frota.

A capacidade nominal a ser concluída para os últimos cinco meses de 2010 é estimada em cerca de 690 mil Teus, embora alguns pedidos possam ser adiados para o próximo ano.

A Clarkson Securities estima que cerca de 40% da capacidade prevista para entrega no primeiro semestre de 2010 ainda não havia entrado em operação até o final de junho. Mas a taxa de atraso nas entregas está diminuindo mensalmente enquanto o mercado de fretes se recupera, conclui a consultoria.