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Clippings - 08/05/24

Petrobras avalia construir em vez de afretar FPSO para Albacora

A empresa está redesenhando o projeto da revitalização do campo. A primeira opção é a contração de outra operadora, mas, se novamente não conseguir levar adiante a licitação, como aconteceu neste ano, a alternativa será apostar na solução interna.

A Petrobras avalia construir ela própria, em vez de afretar, o FPSO de revitalização do campo de Albacora, na Bacia de Campos. Essa é uma das possibilidades avaliadas após o cancelamento da licitação para contratar o afretamento da plataforma, em abril deste ano. A mesma opção está sendo cogitada para o projeto de Sergipe Águas Profundas.

Ainda que decida retomar o bid de afretamento, a petrolífera mudará as condições do edital, como de financiamento, o principal gargalo da concorrência. O diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da estatal, Carlos Travassos, lembrou que o Fundo de Marinha Mercante (FMM) já disponibilizou R$ 8 bilhões para as fretadoras.

“Ninguém sabe o que vem pela frente. Uma unidade própria terá características e requisitos de segurança da operação da Petrobras. Numa unidade afretada, todos esses requisitos correspondem ao modo de operar das empresas. Então é outro detalhamento”, disse Travassos à Brasil Energia.

Uma equipe multidisciplinar da estatal – que envolve desde o pessoal de engenharia ao de desenvolvimento da produção – está envolvida no redesenho do processo. O prazo de relançamento de um possível edital de afretamento dependerá do resultado desse trabalho. A construção e operação do FPSO garantirá a extração do primeiro óleo num prazo mais curto, porque as especificações técnicas serão mantidas. Esse é um dos motivos por que a Petrobras prefere essa opção.

“A gente tenta atender as dores, que foram as limitações para que o certame não tivesse tido sucesso na primeira vez. Se bem endereçado, a gente vai desse jeito (afretamento). Se avaliar que não vai ser suficiente para aumentar a atratividade do mercado, a empresa vai partir para a unidade própria. Aí, o prazo é outro, porque a gente vai ter que fazer o projeto básico”, afirmou o diretor.

Para reduzir os custos, a Petrobras pretende também padronizar os projetos, que contariam com plataformas semelhantes, o que proporciona ganho de escala aos fornecedores na aquisição de equipamentos. No caso de SEAP, a intenção é redesenhar o projeto para que os FPSOs sejam absolutamente iguais.

As negociações com fretadoras na licitação de Albacora foram encerradas no mês passado, após a Ocyan não chegar a um acordo com a Petrobras sobre o valor do contrato. O mesmo já havia acontecido com a licitante que apresentou a melhor proposta num primeiro momento, a BW.

O FPSO de Albacora foi projetado com capacidade de produção de 120 mil bpd de petróleo e compressão de até 6 milhões de m³/dia de gás natural. A unidade vai substituir as plataformas P-25 e P-31, o que deve exigir o investimento de US$ 2,3 bilhões. O início da operação está previsto para 2027, mas pode ser alterado, dependendo das decisões de contratação.

Fonte: Revista Brasil Energia