A Petrobras cancelou dez contraltos de afretamento de barcos de apoio com a Tidewater. Os navios, todos de bandeira estrangeira, serão retirados do Brasil para buscar oportunidades no exterior. As informações são do CFO da empresa, Quinn P. Fanning.
Em conferência com analistas, o executivo atribuiu os cancelamentos aos cortes de investimentos recentemente anunciados pela petroleira e ao bloqueio das embarcações estrangeiras por navios correspondentes de bandeira brasileira, conforme o processo de circularização previsto pela legislação brasileira.
Fanning disse que o número final da frota de sondas e embarcações offshore planejado pela Petrobras, que implicará novos cancelamentos ou não renovações de contratos, ainda é desconhecido. “O que sabemos é que esse não é um esforço que afeta exclusivamente a Tidewater, e nossa expectativa é de que esse número será significativo”, comentou o executivo.
Para reduzir a exposição a novos cancelamentos, a empresa buscará equilibrar sua frota no país considerando-se a origem das embarcações – razão pela qual os navios descontratados estão deixando o Brasil.
O cancelamento dos contratos com a Petrobras afetou diretamente o resultado da Tidewater no terceiro trimestre, quando a empresa registrou prejuízo de US$ 43,8 milhões. O desempenho contrasta com os US$ 60,9 milhões de lucro que a empresa registrou no mesmo perãodo no ano anterior.
A receita da companhia referente ao segundo trimestre do ano fiscal de 2016 foi de US$ 271,9 milhões, perda de 32% em relação aos US$ 397,5 milhões apresentados nos mesmos meses de 2014.
No acumulado do primeiro e segundo trimestre do ano fiscal de 2016, a Tidewater registrou US$ 576,6 milhões. Em 2014, a receita do perãodo foi de US$ 783,2 milhões. Já o prejuízo acumulado ficou em US$ 59,1 milhões em comparação ao lucro de US$ 104,5 milhões nos dois primeiros trimestres do ano fiscal de 2015.