RIO DE JANEIRO – A Petrobras informou ontem que, juntamente com seus parceiros BG, Galp Energia e Repsol, e por meio de suas afiliadas Tupi-BV e Guará-BV, assinou com a empresa brasileira Engevix Engenharia S.A. dois contratos no valor total de US$ 3,46 bilhões para construção de oito cascos das plataformas destinadas à primeira fase de desenvolvimento da produção do polo do pré-sal da Bacia de Santos.
Segundo a estatal, as unidades, batizadas de replicantes, integram a nova geração de unidades de produção concebidas segundo parâmetros de simplificação de projetos e de padronização de equipamentos. A produção em série de cascos idênticos permitirá maior rapidez no processo de construção, ganho de escala e a consequente otimização de custos, destaca a empresa.
Santos
De acordo com a Petrobras, cada plataforma -todas do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading, ou navio-plataforma)- terá capacidade para processar diariamente até 150 mil barris de óleo e 6 milhões de m³ de gás. A previsão é de que todas as unidades entrem em operação até 2017. A empresa destaca que as novas plataformas serão de grande importância estratégica para que a companhia alcance as metas de produção previstas para o polo do pré-sal da Bacia de Santos em seu Plano de Negócios. A expectativa é de que estas plataformas acrescentarão cerca de 900 mil barris de óleo por dia à produção nacional quando estiverem operando com a capacidade máxima.
A estatal informa ainda que os cascos serão construídos no polo naval de Rio Grande (RS), com previsão de um conteúdo local de cerca de 70%. Os primeiros carregamentos de aço ocorrerão em janeiro, e a construção dos cascos, em março. Os dois primeiros cascos deverão ser entregues em 2013, enquanto os demais, ao longo de 2014 e de 2015.
Das oito unidades, seis serão administradas pelo consórcio do Bloco BM-S-11, onde estão localizadas as áreas de Tupi e de Iracema. As outras duas serão gerenciadas pelo consórcio do Bloco BM-S-9, onde estão localizadas as jazidas de Guará e de Carioca.
O gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, Tuerte Amaral Rolim, afirmou que serão necessários cerca de 40 FSPOs (navios-plataforma) para desenvolver a produção do pré-sal, incluindo o contrato com a Engevix para oito plataformas. Segundo Rolim, a prioridade da companhia seguirá sendo a de aumentar o conteúdo local das plataformas. A Petrobras está trabalhando para que se aumente o conteúdo local, mas de forma competitiva, disse
Para o gerente, a estimativa de 40 plataformas reflete as informações que a estatal detém hoje sobre o potencial de exploração e pode ser alterada ao longo do tempo. Esse número tem uma margem de tolerância.