Segundo diretora Graça Foster, as duas fontes têm lógicas completamente diferentes.

A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, criticou a forma como foi organizado o leilão A-3, que acontece na próxima quarta-feira, 17 de agosto. Para a executiva, não há lógica em colocar térmicas para competir em um mesmo certame junto com as usinas de geração eólica. A afirmação foi feita na última terça-feira, 9, durante a divulgação do plano de negócios da área.

Ela disse ainda estar com receio de ter inscrito a termelétrica Baixada Fluminense (RJ) e perder a concorrência. Graça Foster salientou que as eólicas e as térmicas a gás têm lógicas comerciais bem distintas, bem como a remuneração de capital investido. Ela frisou que é preciso observar a modicidade tarifária, mas não se pode construir uma matriz energética satisfatória colocando fontes diversas na mesma disputa.

“Essas térmicas precisam ser construídas e as eólicas também. Agora, a construção da matriz de um país tão rico e tão múltiplo em fontes de energia vem de outra forma não por esses leilões”, completou.

Os leilões A-3 e de Energia de Reserva têm habilitados 321 projetos, sendo 240 eólicas, de acordo com a EPE. A capacidade instalada dos habilitados chega a 14 mil MW, sendo que as eólicas somam uma oferta de 6.052 MW. Já as térmicas a gás natural em disputa, são dez, totalizando 4.388 MW.