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Clippings - 30/05/25

Petrobras: demanda por descomissionamento vai ultrapassar capacidade

Segundo Diogo Prado, engenheiro de produção da estatal, a demanda mundial de reciclagem de embarcações vai ultrapassar a capacidade disponível, e o Brasil pode abocanhar uma parte desses projetos

Diogo Prado, engenheiro de produção da Petrobras (Foto: acervo pessoal)

A demanda mundial de reciclagem de embarcações vai ultrapassar a capacidade disponível, e o Brasil pode abocanhar uma parte dessa demanda, disse Diogo Prado, engenheiro de produção da Petrobras, durante o 9º Workshop sobre Descomissionamento e Desmantelamento de Navios e Ativos Offshore, organizado pela Sobena e realizado nesta quinta-feira (29), no Rio de Janeiro.

“Estamos vendo uma demanda para o desmantelamento de embarcações no mundo a partir de 2029. Temos mais de 6 mil plataformas offshore e cerca de 200 mil km de dutos submarinos no mundo relacionados à indústria de O&G e, em breve, já teremos também que falar em descomissionamento de infraestruturas de energias renováveis offshore. E isso gera uma competição por serviços”, afirmou o engenheiro.

E, associada a essa cadeia, existem outras atividades necessárias como a reciclagem dos materiais que chegaram ao onshore, os serviços laboratoriais, o monitoramento ambiental, entre outras. “E ainda existe o potencial de circularidade do aço, que é um material abundante nas plataformas. Cada tonelada de sucata metálica usada na produção de aço evita a emissão de 1,5 tonelada de CO₂”, informou Prado.

Também presente no painel, Newton Narciso Pereira, professor da Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica da Universidade Federal Fluminense (UFF), destacou que, se quisermos atrair as atividades de descomissionamento para o Brasil, temos que pensar em incluir os portos nessa discussão.

“A instalação portuária precisa ser colocada na discussão de descomissionamento urgente. Caso não, vamos pegar uma fila gigantesca [de atracação] e os custos vão aumentar. A reciclagem de navios precisa ser lida como um grande sucateiro. Temos que pensar em estruturas específicas para esse tipo de atividade. Não é que estou querendo deixar os estaleiros de fora, mas será que só eles serão suficientes?”, questionou.

Fonte: Revista Brasil Energia