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Clippings - 09/07/09

Petrobras descarta risco de haver poços secos no pré-sal

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, acredita que não há risco de encontrar poços vazios nos seis campos de exploração de petróleo na camada pré-sal, localizada abaixo do leito marinho, operados pela companhia na Bacia de Santos. Nós temos seis áreas e estamos com todos os dados constatando as nossas informações iniciais, disse, ontem à noite, após participar do evento Melhores e Maiores, da revista Exame.

O executivo não quis comentar o fato de um dos poços do bloco BM-S-22, na Bacia de Santos, ser seco. Ontem, a petroleira norte-americana Hess confirmou, em comunicado, que resultou seco o poço que vinha sendo perfurado nesse bloco, na Bacia de Santos. Trata-se do primeiro poço perfurado no pré-sal de Santos que não encontra um reservatório de petróleo. Até então 100% de todos os outros poços haviam se deparado com reservas de óleo. Essa área é operada pela Exxon, que possui participação de 40%. Parcela igual tem a Hess Corporation, ficando o restante com a Petrobrás.

Não comentamos o que não é operado por nós, disse Gabrielli. No entanto, ele acrescentou que novos estudos devem ser feitos nessa área.

O presidente da estatal petrolífera minimizou ainda a questão da interrupção dos testes em Tupi. Na última segunda-feira (dia 6), a Petrobras informou que foi detectado um problema técnico em um dos parafusos do equipamento que controla a pressão e vazão do poço submarino desse bloco, e por isso a companhia precisou suspender o teste de longa duração (TLD). A troca de equipamento deverá durar entre três e quatro meses, mas ainda assim o executivo não acredita que o cronograma para extração de óleo dessa área será comprometido. É preciso fazer apenas uma substituição e ainda teremos 15 meses para os testes, disse. O início da produção comercial dessa área está previsto para o quarto trimestre de 2010.

Crédito

O executivo também se mostrou confortável em relação às necessidades de financiamento da companhia para os próximos dois anos. Gabrielli reiterou que o caixa da empresa é suficiente para arcar com os investimentos por no mínimo dois anos, podendo chegar a cinco. No cenário de pior estresse, com a cotação média do barril de petróleo a US$ 37 este ano, US$ 40 no ano que vem e US$ 45 em 2011, as receitas e as captações já feitas seriam suficientes para as necessidades da empresa para os próximos dois anos, disse ele.

Já no caso da média ficar em US$ 65, a companhia teria garantidos cinco anos de suas necessidades. Nesse perãodo, o plano é investir US$ 174,4 bilhões, parte proveniente das receitas operacionais e outros US$ 30 bilhões de captações com terceiros. No entanto, só nos cinco primeiros meses deste ano a companhia já conseguiu mais de US$ 33 bilhões. E, se houver novas oportunidades no mercado, podemos captar mais, afirmou Gabrielli. (Agência Estado)