Companhias buscarão avaliar aspectos técnicos relacionados à captura, transporte e armazenamento do CO₂, bem como potenciais modelos de negócio entre as empresas. Iniciativa pode representar o desenvolvimento inicial de um hub na região

A Petrobras e a Braskem assinaram um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) com o objetivo de aprofundar os estudos de oportunidades de projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS – Carbon Capture and Storage) na Bahia. O evento ocorreu no Edifício Torre Pituba, em Salvador, na sexta-feira (28).
As companhias buscarão avaliar, conjuntamente, aspectos técnicos relacionados à captura, transporte e armazenamento do CO₂, bem como potenciais modelos de negócio entre as empresas. Essa iniciativa pode representar o desenvolvimento inicial de um hub na região.
No hub, o CO₂ é capturado em diferentes localidades e fontes de emissão (indústria petroquímica, refinaria, indústria de aço, termelétricas, entre outros) e transportado por meio de uma malha de gasodutos conectada, que pode ser compartilhada e otimizada para o armazenamento de grandes quantidades de CO₂ em reservatórios geológicos adequados e monitorizados.
Na base de Taquipe, a cerca de 80 km da capital baiana, a Petrobras já iniciou o mapeamento de reservatórios geológicos que podem se configurar como opção segura de armazenamento do carbono. A companhia também já estuda instalações seguras para integrarem a infraestrutura do hub de CCS no estado.
Para o gerente geral de Concepção e Implantação de Projetos de Energias Renováveis da Petrobras, Jair Toledo, a adoção deste conceito de hub, com a utilização de malhas conectadas, potencializa a viabilidade técnica e econômica, favorecendo a utilização do CCS como uma opção relevante de descarbonização em larga escala.
“O segmento petroquímico é uma das áreas em que a Petrobras pode agregar muito valor, em possíveis parcerias de negócio de baixo carbono, como também em acordos comerciais vinculados aos projetos que a companhia desenvolve no setor. Isso pode envolver não somente CCS, mas também energia renovável, hidrogênio e seus derivados e combustíveis de baixo carbono”, explicou Toledo.
O gerente executivo de Terras e Águas Rasas da Petrobras, Stenio Jayme, destacou a relevância da iniciativa para a região. “A Bahia é um local muito promissor para o CCS, bem como para outros negócios de baixo carbono”, disse Jayme.
“O CCS é sem dúvida uma rota, que merece ser melhor estudada técnica e economicamente, pelo seu poder de abatimento e pela sua penetração a nível mundial”, completou Gustavo Checcucci, diretor de Energia e Descarbonização da Braskem.
Fonte: Revista Brasil Energia