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Clippings - 24/07/24

Petrobras espera economizar US$ 100 milhões por ano com automatização de sondas

Tecnologia será incorporada à frota até 2030, com expectativa de trazer ganhos econômicos, mais segurança ao trabalhador e redução de emissões em cerca de 30 mil toneladas de CO2 por ano

Etesco Takatsugu J, um dos dois navios-sonda em projeto piloto de automação (Foto: Etesco)

A Petrobras vai automatizar parte da sua frota de sondas de perfuração até 2030, com o objetivo de reduzir o tempo médio de perfuração de poços offshore, informou a empresa em comunicado nesta terça-feira (23). A expectativa é que a iniciativa gere economia de até US$ 100 milhões por ano, com potencial de reduzir as emissões de CO2 em cerca de 30 mil toneladas anuais, a partir da conclusão do processo.

De acordo com a Petrobras, a incorporação da automação será feita de forma gradual, nos próximos ciclos de contratação.

A companhia participa atualmente de grupos de pesquisa nacionais e internacionais, em busca de soluções para aprimorar a tecnologia dos sistemas autônomos, a chamada perfuração automática, ainda pouco utilizada no Brasil e insuficiente para as necessidades da Petrobras.

Um projeto piloto já está sendo executado em duas sondas do pré-sal – Norbe IX (NS-33) e Etesco Takatsugu J (NS-38) – com previsão de conclusão no primeiro semestre de 2025.

Navio-sonda Norbe IX também faz parte do projeto piloto (Foto: Foresea)

A perfuração automática ocorre por meio de aplicativos nos diferentes equipamentos de perfuração da sonda. Em vez de colaboradores realizarem dezenas de comandos para uma atividade repetitiva, um único operador dispara uma sequência de comandos e supervisiona a execução. Também é possível, por meio de uma “porta digital”, implementar machine learning diretamente na construção de poços.

“É como um carro autônomo”, diz o consultor André Fernandes, da Gerência de Poços, área à frente dos estudos. “Em vez de ligar o veículo e assumir o controle, preocupando-se com as leis de trânsito e os obstáculos, o usuário seleciona seu destino e deixa o automóvel realizar as demais funções.”

Depois de anos de redução contínua do tempo médio de perfuração de poços, a companhia está verificando ganhos menores dado os limites da atual tecnologia. “A implantação de sistemas autônomos é o caminho do futuro, uma vez que buscamos ganhos mantendo a estrutura, a segurança e o fator de recuperação com amplo potencial de evolução”, complementa Fernandes

A perfuração automática também vai aumentar a segurança do trabalhador, que ficará menos exposto à chamada “red zone”, área de perfuração em que ocorre o maior risco.

Fonte: Revista Portos e Navios