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Clippings - 01/12/25

Petrobras fecha 2025 com produção de 2,4 milhões de bpd

O volume representa um acréscimo de 11% em relação ao registrado no início de 2024. O crescimento está sendo alcançado com melhorias nas performances de FPSOs e poços complementares

Entrevista coletiva da Diretoria da Petrobras sobre o Plano de Negócios 2026-2030 (Foto: Carú Pastor/Divulgação Petrobras)

A Petrobras deve fechar o ano com uma produção de petróleo de 2,4 milhões de barris por dia, o que representará um acréscimo de 11% em relação ao início de 2024, quando a produção estava em 2,150 milhões, um avanço inédito, segundo a presidente da empresa, Magda Chambriard. 

Ela destacou o crescimento da produção no pré-sal, sobretudo, a partir da entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré, cuja capacidade de produção passou de 225 mil barris por dia para 270 mil bpd. A intenção é estender essa ampliação de capacidade a outras unidades produtoras. Além disso, a empresa está apostando na perfuração de poços complementares para melhorar o resultado operacional.

Com o crescimento da produção, melhorou a projeção de curva de produção. O cenário de avanço da produção se mantém até 2034, quando a produção deve entrar num patamar de estagnação. Até então, a previsão era que o pico fosse atingido de 2030 a 2032. A expectativa é também de melhora do valor do brent ao longo dos anos, no quinquênio. 


“Ano que vem vai ser difícil, muitos cientistas falam perto de US$ 50, mas se todo mundo pisar o pé no freio, em 2027 falta e o preço aumenta”, disse Chambriard, complementando que a financiabilidade do plano vai ser avaliada a cada três meses, assim como a viabilidade de projetos que somam US$ 10 bilhões. 

Na Margem Equatorial, a empresa informou que está atuando a 2,88 metros de lâmina d’água e a 1 mil metros de profundidade. Após perfurar o poço de Morpho, na Bacia da Foz do Amazonas, a sonda será encaminhada para a Bacia Potiguar para perfurar um terceiro poço.

“Estamos indo para a terceira fase (em Morpho). Estamos orgulhosos desse resultado. Vamos prosseguir para anunciar em breve uma descoberta, que é o que mais desejamos”, afirmou Chambriard, em entrevista para detalhar o plano de negócios de 2026 a 2030.

Com o petróleo sendo comercializado a cotações mais baixas, a Petrobras optou por priorizar a perfuração de poços que gerem mais valor no curto prazo. Mesmo na Margem Equatorial, alguns poços podem não ser perfurados, segundo Chambriard. 

“Alguns poços exploratórios se apresentam como necessidade. É o caso da Margem Equatorial. Há outros de mais risco, como os de novas fronteiras. Nesse momento de preço mais baixo de petróleo e responsabilidade fiscal, a gente começa a priorizar projetos. Não estamos descartando projetos, mas adequando as necessidades do momento”, destacou Chambriard.   

Ela descartou a possibilidade de retomar um plano de desinvestimento de ativos para fazer frente a um cenário de baixa do petróleo. “O Polo Bahia Terra é um bom exemplo, hoje é lucrativo. Enquanto persistir lucrativo, ele fica”, ressaltou a presidente da Petrobras. 

Durante a coletiva, Chambriard ainda reafirmou o interesse no projeto de Sergipe Águas Profundas (SEAP), mas, ao mesmo tempo, disse que a viabilidade comercial depende do mercado de gás natural. “Se o gás não for passível de comercialização, o projeto não tem como sobreviver. O gasoduto tem que acontecer”, disse Chambriard, complementando que o FPSO Seap 1 deve ficar pronto um ano após Seap 2.

Fonte: Revista Brasil Energia