Companhia abriu a válvula submarina do gasoduto Rota 3, que será responsável por receber o gás do pré-sal da Bacia de Santos e enviá-lo até a UPGN do Complexo de Energias Boaventura
A Petrobras abriu a válvula submarina do Rota 3, dando início ao escoamento de gás pelo gasoduto, informou Dimitrios Chalela Magalhães, gerente executivo de Projetos de Desenvolvimento da Produção da companhia, e Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da companhia, em publicações feitas no sábado (21) e domingo (22), respectivamente.
“Com isso, inaugura-se uma nova rota de escoamento de gás daquela Bacia, com enorme expectativa de geração de valor para a Indústria como um todo e para o país”, afirmou Magalhães na publicação. O Rota 3 será responsável por receber o gás do pré-sal da Bacia de Santos e enviá-lo até a unidade de processamento de gás natural (UPGN) do recém-inaugurado Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ).
A Petrobras iniciou os procedimentos para operação da planta de processamento de gás logo após aprovação da ANP no dia 11 de setembro. No entanto, o início das operações comerciais está previsto para a primeira quinzena de outubro.
De acordo com a Petrobras, o Projeto Integrado Rota 3 (do qual faz parte a UPGN), vai viabilizar o escoamento de até 18 milhões de m³/dia e o processamento de até 21 milhões de m³/dia de gás pela UPGN, ampliando a oferta de gás natural para o mercado nacional e reduzindo a dependência de importações.
Além do gasoduto implantado para o escoamento de gás natural e da UPGN, a Petrobras está trabalhando em outros projetos no Complexo, como duas termelétricas a gás, para participação nos leilões previstos pelo setor elétrico, e unidades de refino para produção de combustíveis e de lubrificantes.
Após a conclusão das obras de todo o complexo, o conjunto de unidades terá capacidade aproximada de produzir 12 mil bpd de óleos lubrificantes de Grupo II, 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1). A planta vai operar em sinergia com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc).
Ao todo, estima-se que o antigo Comperj receberá investimentos da ordem de R$ 13 bilhões para ser concluído, enquanto a Reduc receberá cerca de R$ 7 bilhões.
Fonte: Revista Portos e Navios