O poço teve a sua perfuração iniciada no último dia 11 pela sonda Brava Star, da Constellation. O campo faz parte do Projeto Integrado do Parque das Baleias

A Petrobras iniciou, no último dia 11, a perfuração do poço 4-BRSA-1392DA-ESS no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, segundo dados atualizados pela ANP recentemente. O poço, que é classificado como exploratório pioneiro adjacente, foi perfurado em lâmina d’água de 967 m pela sonda Brava Star, da Constellation.
O 4-BRSA-1392DA-ESS também pode ser classificado como um poço repetido do poço 4-BRSA-1392D-ESS, que começou a ser perfurado no dia 16 de maio no mesmo campo e pela mesma sonda. De acordo com a Resolução ANP nº 699/2017, o poço repetido é aquele (re)perfurado em função da perda do poço original, visando aos mesmos objetivos geológicos.
O campo de Jubarte está em produção desde 2002, e o término desta fase está previsto para 11 de dezembro de 2056. Entre janeiro e maio deste ano, o campo produziu uma média de 156 mil bpd e 3,6 milhões de m³/dia de gás, segundo dados da ANP. No momento, três FPSOs operam na área: Cidade de Anchieta, P-57 e P-58.
A Petrobras possui um projeto para o campo, chamado Projeto Integrado do Parque das Baleias (IPB), que visa melhorar a capacidade de produção de óleo e gás do campo de Jubarte. Para isso, a estatal vai instalar uma nova plataforma – o FPSO Maria Quitéria – que deverá ser interligada a 17 poços, sendo 11 poços novos e seis remanejados de outra plataforma localizada no Parque das Baleias, a P-58.
Dos 17 poços, nove serão produtores de óleo e/ou gás e oito injetores de água. A área de Parque das Baleias é formada pelos campos de Jubarte, Baleia Anã, Cachalote, Caxaréu, Pirambú e Mangangá.
O FPSO Maria Quitéria iniciou sua viagem ao Brasil no início de maio deste ano, e a previsão é que a plataforma chegue ao campo de Jubarte neste trimestre, devendo entrar em produção no último trimestre deste ano. Anteriormente, a Petrobras previa que a entrada em operação da plataforma seria no primeiro trimestre de 2025.
A unidade possui capacidade para produzir 100 mil bpd e estocar cerca de 1 milhão de barris. Ela será a primeira plataforma “all electric” com ciclo combinado de geração de energia da Yinson e da Petrobras, com o objetivo de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Esse arranjo permite reduzir em aproximadamente 20% as emissões de CO₂.
Segundo o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do projeto, o óleo produzido a partir da nova plataforma será transferido através de navios petroleiros, enquanto o gás será transportado utilizando parte do Gasoduto Sul-Capixaba (GSC), seguindo para o Gasoduto Sul-Norte Capixaba (GSNC) até a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), localizada no município de Linhares (ES).
Fonte: Revista Brasil Energia