Outras duas unidades, na Bahia e Sergipe, devem voltar em outubro, após acordo com Unigel
A Petrobras iniciará a operação de sua planta de fertilizante do Paraná a partir do final do mês, cerca de um ano após aprovar a retomada da unidade. A informação é do diretor de produtos industriais, William França, que participou de coletiva de imprensa nesta terça-feira (13) para anunciar os resultados da companhia.
A Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA) estava hibernada desde 2020. Situada ao lado da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), a Ansa possui capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia.
Na última sexta-feira, a Petrobras informou ainda mais um passo para retomada das unidades de fertilizantes (FAFENs) também na Bahia e em Sergipe.
A Proquigel, subsidiária da Unigel, aprovou o acordo para encerramento das controvérsias contratuais e litígios existentes entre as partes.
O acordo prevê o restabelecimento da posse das plantas de fertilizantes e a retomada das operações pela Petrobras, o que França espera realizar em outubro.
Conforme divulgado pela Petrobras em seu Plano de Negócios 2025-2029, a retomada de atividades da companhia nos segmentos de Fertilizantes busca capturar valor com a produção e a comercialização de produtos nitrogenados, conciliando com a cadeia de produção de óleo e gás natural e a transição energética. A mesma justificativa para sua permanência na petroquímica.
O acordo ainda precisará ser homologado pelo Tribunal Arbitral. Em seguida, a Petrobras planeja realizar licitação de serviços de operação e manutenção das plantas de fertilizantes de Camaçari (Ba) e Laranjeiras (Se). A seleção das empresas prestadoras de serviços deve incluir suporte aos trabalhos de preservação dos equipamentos que se encontram nas fábricas.
Lideranças sindicais comemoram o acordo. Serão gerados cerca de 2,4 mil empregos diretos e indiretos nas duas fábricas, trazendo de volta quem foi transferido, chamando o pessoal aprovado no último concurso e realizando novos concursos públicos, segundo a FUP.
“A presença da FUP no GT visou garantir a retomada da produção nacional de fertilizantes e o imediato retorno dos trabalhadores da Petrobrás, antes lotados nestas plantas industriais e transferidos compulsoriamente e de forma arbitrária – fato que desencadeou a maior crise de doença mental já registrada na companhia”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Fonte: Revista Brasil Energia