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Clippings - 15/06/09

Petrobrás já tem US$ 31 bi para investir este ano

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu ontem, em Genebra, que a Petrobrás já conseguiu captar US$ 31 bilhões para tocar os investimentos programados para 2009. Desse total, US$ 10 bilhões vieram do governo chinês e o restante, de linhas de crédito dos Estados Unidos e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES).

O governo do Japão e fundos soberanos dos Emirados Árabes Unidos também negociam investimentos na estatal, segundo Lobão. O prestígio da Petrobrás já lhe garantiu, até maio, uma captação que garante cobertura para todo ano de 2009 nos projetos que a empresa havia estimado que precisaria de recursos, disse o ministro, que está em Genebra acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Lobão, a Petrobrás já pode começar a pensar no fechamento de contratos e de investimentos para 2010. Os fundos soberanos desse país árabe (Emirados) tem recursos importantes e já deixaram claro que querem investir no País e na Petrobrás, disse, confirmando que recebeu visitas de autoridades desse país e do Japão.

A captação de recursos da Petrobrás ocorre num momento em que, em razão da pior recessão mundial em 70 anos, analistas previram que o crédito para as empresas petrolíferas poderia secar. A Agência Internacional de Energia (AIE) apelou para a manutenção dos investimentos e e alertou que, sem isso, o mundo poderia assistir a um forte aumento dos preços do petróleo nos próximos anos.

Em 2008, o investimento da Petrobrás foi recorde, de R$ 53,4 bilhões, 18% superior ao de 2007 (R$ 45,3 bilhões). Os investimentos na área de exploração e produção subiram 26% na comparação com os R$ 26,196 bilhões de 2007.

No ano passado, a empresa admitiu que precisaria de US$ 174,4 bilhões para cumprir seu plano de investimentos até 2013. Já consultorias da área de energia estimam que os investimentos necessários nas áreas do pré-sal cheguem a US$ 600 milhões em dez anos. EFEITO CPI

Lobão insistiu em alertar para o risco de a CPI da Petrobrás se transformar em uma ameaça para a capacidade da empresa de atrair investimentos, que vai afetar todo o Brasil.

Espero que a CPI não atrapalhe a Petrobrás. Se isso ocorrer, será o Brasil que será atrapalhado e ninguém quer que isso ocorra, alertou o ministro.(Fonte: O Estado de S.Paulo/Jamil Chade, GENEBRA)