Com investimento estimado de cerca de R$ 3,5 bilhões, concorrência para conclusão da UFN-III será dividida em três lotes
A Petrobras começa a receber no dia 23 de julho propostas para retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), localizada em Três Lagoas (MS). A licitação prevê 3 lotes, conforme antecipou a diretora executiva de engenharia, Tecnologia e Inovação da companhia, Renata Baruzzi.
O investimento estimado para conclusão da UFN-III é de cerca de R$ 3,5 bilhões e foi aprovado pelo Conselho de Administração da emppresa no fim do ano passado. A unidade estava hibernada desde 2015 e a Petrobras vai receber até o final de agosto as propostas em três etapas.
“Até o final de agosto a gente recebe todas as propostas”, afirmou Renata Baruzzi.
O processo de reavaliação do projeto começou a partir da decisão da petroleira de retornar ao segmento de fertilizantes, em linha com as diretrizes estratégicas aprovadas no âmbito do PE 2024-2028.
Na ocasião da aprovação do projeto, o diretor de Processos Industriais da Petrobras, William França, destacou a localização “privilegiada”, próxima aos principais consumidores do Centro-Oeste, Sul e Sudeste. A unidade localiza-se próxima aos principais mercados consumidores destes produtos e atenderá majoritariamente os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo. “Estamos seguros da importância da unidade para a região e o país”.
O projeto da UFN-III prevê a produção anual de cerca de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia.
A previsão da CEO da Petrobras, Magda Chambriard, é dar início à produção da planta já em meados de 2026. “Em meados do ano que vem já estará fazendo alguma coisa, não a plena carga, mas já estará fazendo alguma coisa”, afirmou na quarta (18), em coletiva de imprensa na sede da companhia, no Rio.
A amônia é uma matéria-prima para a produção de fertilizantes e petroquímicos, além de outros produtos agropecuários; e a ureia é o fertilizante nitrogenado mais utilizado no Brasil, cuja demanda nacional é estimada em cerca de 7 milhões de toneladas para 2024, sendo integralmente importada atualmente. O milho é a principal cultura para demanda de ureia fertilizante no Brasil.
Fonte: Revista Brasil Energia