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Clippings - 11/03/11

Petrobras pleiteia redução do bunker e das tarifas portuárias para ser a maior do mundo

Para atingir o objetivo de se tornar a principal empresa de petróleo e gás do mundo até 2015, a Petrobras sabe que precisa investir no transporte marítimo brasileiro. Atualmente, a utilização da cabotagem no País está bem abaixo da capacidade possibilitada pela extensa costa marítima nacional. O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, destaca que a estatal está incentivando na criação de uma comunidade de empresas brasileiras de navegação. No entanto, a pedra no sapato para o desenvolvimento da cabotagem ainda esbarra nos altos custos do bunker (combustível marítimo) e das tarifas portuárias.

* Confaz emperra a redução do bunker para a cabotagem, critica diretor da Antaq
* Petrobras se mobiliza para incentivar cabotagem e construção de estaleiros

A redução do preço do bunker não é uma reivindicação exclusiva da Petrobras. Todos os armadores que atuam no Brasil solicitam que seja aplicado um equilíbrio entre o valor do combustível fornecido para a navegação de longo curso e para a cabotagem. Costa lembra que esse equilíbrio está longe de existir, já que o bunker para o transporte marítimo interno é muito mais caro do que para o longo curso.

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fialho, garantiu ao Portogente que a agência reguladora está alinhada à solicitação da Petrobras e das demais armadoras que atuam no Brasil, embora ainda não tenha conseguido sucesso no pleito. Segundo ele, a discussão que objetiva a redução do preço do bunker está emperrada no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), onde qualquer mudança precisa ser aprovada por unanimidade. A diminuição da cobrança das tarifas portuárias, avalia o diretor da Antaq, é outro assunto bastante delicado, pois cada porto brasileiro tem suas especificidades e, assim, alterações de cobrança precisam ser estudadas separadamente.

Meta
Segundo o planejamento estratégico da Petrobras, a meta para 2020 é produzir cerca de 5.500.000 barris de óleo equivalente por dia (boe/d), um crescimento expressivo em relação aos 2.500.000 boe/d que produz atualmente e aos 4 milhões que a Exxonmobil, atual líder do mercado, atingiu em média durante 2009. Para isso, o transporte marítimo da Petrobras no Brasil precisará atender à demanda, com redução dos preços do bunker e das tarifas portuárias e aumento da disponibilidade de embarcações e de mão de obra.