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Clippings - 21/10/09

Petrobras pode emitir US$ 3,25 bi

A emissão de títulos globais da Petrobras no mercado internacional deve girar em torno dos US$ 3,25 bilhões, segundo fonte da empresa. A empresa divulgou em comunicado que sua estratégia é trocar os empréstimos-pontes contratados com bancos comerciais no início do ano por dívida de longo prazo no mercado de capitais. A emissão de títulos no exterior foi publicada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de segunda-feira.

A fonte da Petrobras, porém, deu sinais de que a petroleira poderá fazer captação não só para cobrir o valor da dívida que a empresa pretende alongar. Não há um valor exato para a emissão. Pode ser um pouco mais ou um pouco menos do que a dívida existente. Se as condições forem boas, nada impede captarmos mais. Tudo vai depender da reação do mercado, afirmou.

O analista de petróleo da Ágora Corretora, Luiz Otávio Broad, afirmou que a operação será a metade dos US$ 6,5 bilhões que a companhia contratou em empréstimo-ponte com pool de bancos nacionais e estrangeiros no início do ano.

Segundo o analista, a metade desses empréstimos (US$ 3,25 bilhões), que têm prazo de dois anos, é o valor da dívida que ainda não foi rolado para o longo prazo.

O empréstimo-ponte de US$ 6,5 bilhões havia sido tomado pela estatal brasileira como parte das captações para financiar seus investimentos durante o ano de 2009.

Desde o início, porém, a petrobras vem destacando a intenção de trocar esses contratos por outros com prazos maiores. Ainda no primeiro semestre, a estatal conseguiu substituir US$ 1,5 bilhão do total. Com outra emissão no mercado internacional, fez a substituição de mais US$ 1,25 bilhão em julho.

Para o analista financeiro do Banco do Brasil, Nelson Rodrigues de Mattos, a companhia brasileira não deverá ter dificuldades para fazer a captação no valor da dívida contratada ou até por bem mais do que este valor. Ele lembrou que ao substituir o primeiro empréstimo-ponte no início de 2009, a Petrobras ofertou ao mercado US$ 1,5 bilhão, mas a demanda foi de até quatro vezes este valor, ou seja, de US$ 6 bilhões, com taxas de 8,21%. Isso aconteceu no auge da crise, o que nos faz supor que as condições estejam bem melhores, comentou Rodrigues de Mattos.

O analista-chefe da XP Investimentos, Rossano Oltramari, afirmou que essa operação demonstra que a liquidez do mercado internacional está voltando.

Segundo ele, com a crise, as empresas brasileiras diminuíram sua procura pelo mercado de títulos no exterior. A emissão de títulos da Petrobras no exterior mostra que essa importante forma de financiamento está voltando ao normal, afirmou.

Para as emissões dos títulos a Petrobras contratou o Citi, HSBC, JP Morgan e Santander, como coordenadores, e o Banco do Brasil e Societe Generale, como co-manger.

A operação será feita em diferente tranches (etapas) e será realizada por meio da subsidiária integral Petrobras International Finance Company (PifCo).