Expectativa é que processos sejam lançados com condições semelhantes a dos bids de PSVs e OSRVs que já estão em andamento
A Petrobras tem previsão de publicar em outubro de 2024 edital para 8 RSVs (embarcações equipadas com robôs), com condições semelhantes às de outros processos que já estão em andamento: 4 anos de mobilização; 8 a 12 anos de contrato; e o lote chegando a 4 embarcações. A empresa também exigirá configuração de propulsão híbrida, com possibilidade de propulsão para etanol no futuro. A companhia ainda pretende publicar, até dezembro, um outro processo voltado para dois AHTS (manuseio de âncoras), com 5 anos de mobilização.
O perfil da frota que opera para a companhia gira em torno de 211 unidades, sendo 118 embarcações de apoio logístico, principalmente PSVs e OSRVs (combate ao derramamento de óleo), e 93 embarcações subsea, com destaque para RSVs, AHTS e PLSVs (lançamento de linhas). Esse número é bastante dinâmico por conta das características das atividades.
Atualmente existem duas licitações em andamento para contratação de longo prazo. Uma delas envolve a contratação de 12 PSVs, com recebimento das propostas no próximo dia 30 de setembro. A outra é para 10 OSRVs, com prazo de abertura das propostas dia 31 de outubro.
Esses dois processos exigem 4 anos de mobilização e prazo contratual de execução de 8, 10, ou 12 anos. A operadora exige unidades com priorização da bandeira brasileira e a especificação técnica prevê a construção de novas embarcações porque, na avaliação da empresa, as unidades existentes não atendem às especificações colocadas.
Os dois editais preveem até 6 embarcações por lote, com 4 anos de mobilização para as duas primeiras embarcações, 180 dias de prazo adicional para as embarcações seguintes, além de configuração híbrida, com propulsão elétrica com sistema de bateria e a possibilidade de conversão para etanol (bicombustível) posteriormente através de aditivo.
A gerente geral de estratégia e contratação da Petrobras, Josiane Kurzlop, elencou entre os desafios para composição da frota de apoio o incremento eficiência energética, a mudança em relação à propulsão com sistema de baterias e o alinhamento dos incentivos em contratos para eficiência energética e menor consumo de combustível. Em relação a fontes de energia, ela destacou que existem projetos conduzidos pelo Cenpes com utilização de biocombustíveis e incentivos através dos novos processos para conversão do sistema de combustível para etanol, por exemplo.
Josiane ressaltou que o critério de julgamento dos processos para apoio logístico e para embarcações subsea é o melhor custo para Petrobras, considerando custo do afretamento e o consumo do combustível. “Esse é o direcionador para conseguir junto com as empresas eficiência energética com relação ao consumo do combustível”, disse a gerente da Petrobras, que participou da 6ª Edição do Seminário Brasil x Noruega, promovido pela FGV Direito Rio, em colaboração com a Associação Brasileira dos Armadores Noruegueses (Abran) e o Real Consulado Geral da Noruega, na última terça-feira (24), no Rio de Janeiro (RJ).
Fonte: Revista Portos e Navios