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Clippings - 25/10/24

Petrobras prevê perfuração na bacia Foz do Amazonas em 2025

Diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, explicou que o tempo das atividades a serem feitas na sonda e o deslocamento ultrapassariam as datas deste ano

Sylvia Anjos em aula aberta na Coppe (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Petrobras vislumbra perfurar somente em 2025 na Bacia da Foz do Amazonas, caso a licença ambiental do Ibama seja concedida ainda este ano, disse a diretora executiva de Exploração e Produção da estatal, Sylvia Anjos, durante aula aberta na Coppe/UFRJ, nesta quinta-feira (24).  

Mesmo que o Ibama concedesse a licença ainda em outubro, a janela de tempo não seria viável. É necessário que a companhia realize uma limpeza no casco da sonda, que só seria completa em dezembro. Atualmente, a sonda designada para perfurar o bloco FZA-M-59 está alocado na Bacia de Campos, e a viagem até o poço levaria mais 20 dias. 

Ainda sobre a licença, o órgão ambiental exigiu algumas medidas à Petrobras, entre elas a construção de centros de resgate de fauna em Belém e no Oiapoque e atualizações no aeroporto de Oiapoque. Anjos destacou que o cumprimento destas exigências, mais o aluguel da sonda, custaram à estatal uma quantia considerável. 

Em relação às parcerias na Margem Equatorial, Sylvia Anjos destaca que todas as empresas estão buscando a Petrobras. “Todas estão de olho no Brasil, mas perderam a esperança com a licença. A partir do momento que a Petrobras consiga, todo mundo volta a ter interesse”, explicou a diretora. 

Durante a apresentação, Anjos ressaltou que o objetivo da Petrobras é repor as reservas. Uma preocupação com essa questão é que, caso a empresa chegue a seis ou sete anos de reserva, considera-se um nível de perigo, já que tem chances de perda de valor e empresas com esse nível de reserva tendem a ser compradas por outras companhias. “Com o pré-sal, a gente tem uma produção significativa, mas exploração temos que olhar lá para frente”, disse Sylvia. 

Caso não consiga a autorização do Ibama para perfurar, a estatal tem outras alternativas, como a Bacia de Pelotas, com os recentes blocos adquiridos em leilão, e áreas internacionais (Colômbia, África do Sul, Namíbia). “É muito duro ter que ir pra fora e não produzir no Brasil, porque onde gera emprego e renda é aqui”, expressou a diretora.

Fonte: Revista Brasil Energia