O E&P da Petrobras está trabalhando em um novo projeto de poço para a área do bloco exploratório BM-FZA-4, na Bacia do Foz do Amazonas. A petroleira iniciou em setembro do ano passado uma campanha na região, mas acabou perdendo o poço por conta de um acidente mecânico.
“A gente sabia que ali tinha muita correnteza. A gente se preparou, mas infelizmente fomos surpreendidos e o poço teve uma inclinação na sua cabeça”, disse no início da semana, o diretor de E&P da petroleira, José Miranda Formigli, que participou de entrevista coletiva para detalhar os resultados financeiros da empresa no segundo trimestre do ano.
Este foi o primeiro poço perfurado pela petroleira na área e é hoje o único bloco sob concessão na bacia. A Petrobras já devolveu nove células do bloco e continua com duas no primeiro perãodo exploratório. A empresa já chegou a contar com outros três ativos na região: BFZ-2, BM-FZA-5 e BM-FZA-6. Os blocos, porém, foram devolvidos ao órgão regulador em 1998, 2003 e 2004, respectivamente.
O poço Oiapoque faz parte dos 41 poços baixados ao longo do trimestre e que impactaram em R$ 2,7 bilhões no resultado da empresa no segundo trimestre. Destes 41 poços, 21 foram secos e perfurados entre os meses de março e junho.
Outros oito poços foram classificados como subcomerciais, nove projetos foram cancelados, dois abandonados. Somente os poços de Oiapoque (BM-FZA-4), Corcovado (BM-S-52) e Itaboraí (BM-S-44), ambos no pré-sal, e um poço na Bacia Potiguar e outra na Bacia de Sergipe custaram à Petrobras R$ 1,53 bilhão e foram baixados. O valor representa 57% dos R$ 2,7 bilhão.