Tecnologia 4D será utilizada pela primeira vez no campo para melhorar resultado no gerenciamento de reservatórios

A Petrobras recebeu, do Ibama, a licença de pesquisa sísmica para uma sísmica marítima 4D com nodes no campo de Búzios, na Bacia de Santos, a cerca de 150 km da costa e a mais de 1,6 mil m de profundidade, segundo documento assinado no último dia 5.

A aquisição de dados será realizada pela PXGeo do Brasil Ltda. Cerca de 1.215 km² (de área de fonte sísmica) e de 781,5 km² (nodes) serão adquiridos, com início previsto entre setembro e outubro deste ano, informou a Petrobras em resposta à Brasil Energia.

A pesquisa sísmica tem duração estimada de oito meses. Segundo a estatal, trata-se de uma segunda aquisição com Ocean Botton Nodes (OBN) (tendo em vista que a primeira terminou em 2019) e a primeira aquisição para monitoramento 4D no campo de Búzios.

“O objetivo é gerar um dado de alta qualidade, utilizando técnicas de processamento 4D, para o melhor gerenciamento dos reservatórios no campo de Búzios”, afirmou a assessoria de imprensa da Petrobras à reportagem.

A sísmica 4D permitirá também monitorar mudanças de pressão e fornecer informações sobre conectividade. “A tecnologia vai nos auxiliar na identificação de novas oportunidades de projeto para o campo, resultando no aumento no fator de recuperação e incorporação de novas reservas”, afirmou a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, segundo comunicado divulgado pela companhia nesta sexta-feira (16).

O gerente executivo do campo de Búzios, Wagner Victer, reforça que o projeto de sísmica 4D no campo depositará 3,5 mil sensores nodes em uma área de 780km², no fundo do mar. “Esses equipamentos serão capazes de mapear, no pré-sal, jazidas de petróleo uma área de 330km² de interesse geológico da companhia, onde está concentrada a maior parte da nossa produção atualmente. A tecnologia é uma grande aliada da Petrobras para cada vez mais superarmos índices de eficiência operacional”, afirmou Victer, também em comunicado.

De acordo com o Ibama, a atividade de pesquisa sísmica poderá utilizar uma das seguintes embarcações de fonte sísmica: Artemis Arctic ou Artemis Odyssey, e uma das seguintes embarcações de instalação de nodes: Havila Subsea, Siem Dorado ou Siddis Mariner.

A Petrobras é a operadora do campo de Búzios com 100% de participação, segundo o contrato de cessão onerosa. Já o excedente da cessão onerosa é operado pelo consórcio Petrobras (85%, operadora), CNOOC (10%) e CNODC (5%), segundo dados da ANP.

Fonte: Brasil Energia