Companhia planeja campanhas sísmicas de aproximadamente 18,4 mil km², distribuídas em vários projetos 3D e monitores 4D, em áreas como Roncador e Parque das Baleias
A Petrobras recebeu, do Ibama, a licença prévia (LP) para aquisições sísmicas em águas profundas da Bacia de Campos, segundo documento assinado no último dia 9.
Concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, a licença prévia atesta a viabilidade ambiental e estabelece os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação, segundo o Ibama.
As aquisições estão previstas para serem realizadas em uma área de cluster que inclui os projetos de Roncador, Parque das Baleias, Jubarte (que faz parte do Parque das Baleias) e alguns projetos exploratórios condicionados às campanhas de poços e resultados exploratórios, como Alto de Cabo Frio NE (Nordeste) e Alto de Cabo Frio NW (Noroeste), informou a Petrobras em resposta à Brasil Energia.
A estratégia de separar em cluster foi desenhada em conjunto pelo Ibama e a Petrobras, para a otimização do processo de licenciamento e com foco em áreas com características semelhantes que poderiam ser tratadas em uma mesma licença prévia. Neste caso em específico, a lâmina de água acima de 200 m foi usada como referência.
A Petrobras planeja, para esse cluster, aquisições sísmicas de aproximadamente 18,4 mil km², distribuídas em vários projetos 3D e monitores 4D. As campanhas, que serão realizadas por empresas de aquisições sísmicas contratadas pela estatal, “suportarão o desenvolvimento dos projetos exploratórios e os gerenciamentos de nossos campos de produção”, afirmou a Petrobras.
O início e término dos levantamentos dependem da emissão das licenças de pesquisa sísmicas (LPS) dos projetos envolvidos no cluster de águas profundas da Bacia de Campos. Segundo a companhia, estes projetos ocorrerão dentro do período de validade da licença prévia em questão – que, no caso, é de cinco anos.
O campo de Roncador é operado pela Petrobras (75%) em parceria com a Equinor (25%). Já a área de Parque das Baleias é formada pelos campos de Jubarte, Baleia Anã, Cachalote, Caxaréu, Pirambú e Mangangá, todos operados pela estatal com 100% de participação. Por fim, a área de partilha Alto de Cabo Frio Central é operada pela Petrobras (50%) em parceria com a bp (50%). Todos os campos e áreas estão localizados na Bacia de Campos.
A estatal promove, na Bacia de Campos, um programa de renovação, que inclui a entrada de novos FPSOs – como as plataformas Anita Garibaldi e Anna Nery, que entraram em operação em 2023 no campo de Marlim, e o FPSO Maria Quitéria, que deve entrar em operação no campo de Jubarte no último trimestre deste ano –, e a perfuração de novos poços na região desde 2020, entre outras atividades.
Fonte: Revista Brasil Energia