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Clippings - 06/08/09

Petrobras reduz encomenda de novos barcos de apoio

No ano passado, o presidente Lula anunciou de forma bombástica, que a Petrobras iria precisar de 146 barcos de apoio nos próximos anos. Em seguida, fontes do setor elevaram as necessidades da estatal para 200 unidades, devido à ênfase no Pré-Sal. Mas a realidade se mostra bem diferente das promessas.

Ao contratar os primeiros 24 barcos de apoio dessa leva, a Petrobras não só demorou mais tempo do que o normal, como até agora só anunciou a contratação de 13 unidades. Não se sabe se os restantes 11 serão contratados este ano.

O sistema usado, como se sabe, é o de contratação do serviço com armadores privados; de posse de contrato de longo prazo com a Petrobras, o financiamento do Fundo de Marinha Mercante é facilitado. Com o sistema, todos ganham: metalúrgicos e marítimos veem ampliado seu mercado; os estaleiros recebem encomendas e os armadores obtêm contrato de longo prazo para realizar o serviço. E a Petrobras usa serviço exclusivo de barcos de apoio a plataformas sem ter de investir diretamente. O valor médio de um barco de apoio é de US$ 50 milhões.

No início do ano, a Petrobras admitiu estar com poucos recursos em caixa, mas, desde lá, fechou uma série de financiamentos – com BNDES, CEF, China Bank e lançou bônus nos Estados Unidos. Além disso, o preço do barril do petróleo, que caira a menos de US$ 40, já está acima de US$ 70. No caso nos barcos de apoio, o desembolso não é feito de uma só vez, mas ao longo dos anos, mês a mês.

Os barcos até agora aprovados são: quatro da CBO; dois da Edson Chouest; dois da Wilson, Sons; um da Astromarítima; dois da Siem/Consub e dois da São Miguel.

A estatal não se cansa de anunciar prioridade total na exploração no mar. Por isso, ninguém entendeu a retirada do pé do acelerador nesse momento.(Fonte: Monitor Mercantil)