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Clippings - 07/08/24

Petrobras, Senai Cimatec e startup francesa firmam parceria para projeto de manufatura aditiva

As entidades pretendem investir na manufatura aditiva e induzir uma reconversão no processo produtivo de peças de reposição em refinarias e unidades de E&P

Por Fernanda Legey

Foto: Divulgação Senai Cimatec

A Petrobras, o Senai Cimatec e a startup francesa Spare Parts 3D (SP3D) firmaram uma parceria para investir na manufatura aditiva e induzir uma reconversão no processo produtivo de peças de reposição em refinarias e unidades de Exploração e Produção (E&P), segundo comunicado divulgado pelo Senai Cimatec nesta terça-feira (6).

Para atender a demanda, o Senai Cimatec, centro de tecnologia e inovação localizado em Salvador (BA), está conduzindo um projeto de expansão da infraestrutura de manufatura aditiva para permitir a produção de peças de forma mais versátil e ampla, incluindo materiais metálicos, compósitos e polímeros avançados – de modo a suportar os requisitos de desempenho mais rigorosos.

Além dessa iniciativa, a SP3D também vai tratar da conversão digital dos estoques de peças de reposição da Petrobras, através da análise de inventário por meio do DigiPART, um software baseado em Inteligência Artificial. A tecnologia vai identificar entre as dezenas de milhares de peças catalogadas, as mais adequadas tecnicamente e vantajosas economicamente para serem produzidas por manufatura aditiva.

“Esse processo culminará na criação do chamado passaporte digital, que após validação técnica do time de especialistas, habilita as peças para serem impressas trazendo grandes vantagens na cadeia de suprimentos, como redução de lead times, custos logísticos, e menor pegada de carbono, além de permitir ganhos de desempenho das peças com otimização de design e substituição de materiais, como aço por polímero ultra resistente”, afirmou Christian Darquier, vice-presidente executivo de Vendas da SP3D, segundo o comunicado.

Os projetos têm previsão de conclusão em 2026 e realizarão todas as análises e testes para validação da conversão fabril, produzindo diversas peças reais do inventário atual da Petrobras através do futuro novo parque de máquinas de manufatura aditiva. Essas peças serão validadas tanto em ambiente laboratorial controlado quanto em ambiente operacional das unidades envolvidas, e estarão aptas para uso.

“Através dos projetos de P&D desenvolvidos pelo Cenpes em parceria com instituições como o Cimatec, estamos preparando a Petrobras para capturar os potenciais benefícios que a adoção da Manufatura Aditiva proporcionará às cadeias de suprimentos. Acreditamos que, no futuro, as operadoras da indústria de O&G utilizarão uma espécie de catálogo digital que permitirá a produção de peças, sob demanda, em qualquer fabricante que possua os sistemas de impressão”, explicou Filipe Martins, líder do Centro de Excelência de Manufatura Aditiva da Petrobras, segundo o comunicado.

Fonte: Revista Brasil Energia