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Clippings - 10/11/25

Petrobras vai acelerar investimentos em 2026

A diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da empresa, Renata Baruzzi, disse que a ordem é continuar antecipando projetos para gerar receita, como aconteceu em 2025

Renata Baruzzi, diretora executiva de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras (Foto: Divulgação Petrobras)

A Petrobras vai continuar pisando no acelerador dos investimentos em 2026, como afirmou a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da empresa, Renata Baruzzi, a analistas de mercado, durante a teleconferência para apresentar o resultado financeiro do terceiro trimestre deste ano.

Essa tem sido a ordem no último ano e deve continuar no próximo. Baruzzi não quis antecipar, no entanto, se o investimento continuará sendo antecipado nos anos seguintes, a partir de 2027. A informação só será conhecida com a divulgação do plano estratégico para os próximos cinco anos, em 27 de novembro. 

O resultado financeiro do terceiro trimestre foi marcado pelo investimento no desenvolvimento da produção, sobretudo. O Capex somou US$ 5,5 bilhões (R$ 30 bilhões), um crescimento de 23,7% em comparação com o terceiro trimestre de 2024.

Ao optar pela antecipação dos projetos e investimentos, a Petrobras vem conseguindo obter receita extra e compensar parte da perda decorrente da queda do preço do barril. Com isso, a petrolífera já alcançou a marca de produção de 2,6 milhões de barris por dia (bpd) em outubro. 

O próximo FPSO a ser antecipado será a P-79, que deixa o estaleiro na Coréia na próxima segunda-feira, 10. Inicialmente, o plano era que a unidade entrasse em operação apenas em agosto do ano que vem.

Além disso, a Petrobras tem se beneficiado da expansão da produção nas plataformas. Em Búzios, por exemplo, o FPSO Almirante Tamandaré chegou a produzir 270 mil barris em um dia, apesar da sua estimativa inicial de capacidade ser de 225 mil bpd.

“Para as plataformas próprias, a área de engenharia está avaliando até onde a gente pode elevar a produção. A gente tem, por exemplo, a P-70 e P-71, em Tupi, produzindo um pouco mais do que a capacidade. Já encomendei estudo da P-78, que vai entrar em produção no próximo mês”, afirmou Baruzzi.

Diretora de Exploração e Produção, Sylvia Anjos, também presente à teleconferência, complementou ainda que a ideia é ampliar os estudos ao maior número de plataformas e aumentar a capacidade de produção das unidades ao máximo. 

A diretoria da Petrobras ainda sinalizou para uma melhora dos preços dos bens e serviços, o que tem efeito direto no resultado das licitações. Baruzzi comemorou a oferta de propostas recebidas por três empresas para a construção dos FPSOs SEAP I e II. “Nem lembro quando tivemos tantas empresas fazendo proposta”, afirmou ela.

Na licitação do FPSO para o campo Búzios 12, há, atualmente, 12 empresas interessadas em participar na modalidade de BOT (em que a operação é transferida para a Petrobras), segundo Baruzzi. Mas isso não significa que todas elas vão chegar ao fim do processo e apresentar ofertas no bid.

Fonte: Revista Brasil Energia