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Clippings - 06/05/13

Petrobras vai revisar carteira de projetos de olho no gás de xisto

A Petrobras está revisando sua carteira de projetos de olho no potencial de gás em terra, sobretudo na nova fronteira de reservas não convencionais (o shale gas , mais conhecido como gás de xisto).

As mudanças serão conhecidas em julho, quando a estatal vai apresentar o Plano Estratégico 2030, com as diretrizes de investimentos da companhia para as próximas décadas.

A afirmação foi feita ontem por Maria das Graças
Foster, presidente da empresa, durante a aula inaugural pelas comemorações dos 50 anos da Coppe/UFRJ.

– Eu não tenho a menor dúvida de que, quando sair o Plano Estratégico de 2030, haverá uma modificação na carteira de projetos, visto o nosso interesse em gás onshore (em terra). Se existir este gás, nós vamos produzir.

E aí estamos em uma grande revolução de energia. Aí eu saio um pouco da minha camisa de
presidente da companhia e volto aos tempos em que pensava a energia de uma forma mais romântica, em que é possível fazer uma grande geração de energia térmica a gás, fazendo uma ligação desta produção de energia com a linha de transmissão.

E que possamos fazer em determinados mercados, em especial o Centro-Oeste, uma produção de fertilizantes, como amônia e ureia, para atender o agronegócio – disse Graça.

A exploração de gás em terra envolve principalmente o gás natural não convencional. Mas esse tipo de exploração vem sendo questionada por ambientalistas, que alertam sobre os riscos de contaminação dos
lençóis freáticos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a legislação está se tornando mais severa para reduzir os
riscos ambientais.

A exploração de shale gas no Brasil vem sendo defendida pelo governo para aumentar o desenvolvimento no interior do país, elevar a produção de gás e reduzir seus preços. Por conta disso, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) prepara leilão de áreas em várias bacias terrestres do país para explorar o gás.

Segundo estimativas, o Brasil pode ter reservas prováveis de até 17 trilhões de metros cúbicos.
Graça lembrou ainda que em julho muito provavelmente as refinarias Premium I , no Maranhão, e Premium II, no Ceará, sairão da fase de avaliação e entrarão em implantação.

– E essas refinarias devem entrar em operação em 2017 – apontou, lembrando que o Brasil tem déficit de derivados.

Petróleo (ANP) prepara leilão de áreas em várias bacias terrestres do país para explorar o gás. Segundo estimativas, o Brasil pode ter reservas prováveis de até 17 trilhões de metros cúbicos.

A presidente da Petrobras destacou ainda os projetos em fertilizantes. Segundo ela, os preços de amônia e ureia também precisam estar alinhados com o mercado internacional:

– Temos projetos importantes em avaliação, como as plantas em Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Em dezembro, compramos uma planta de fertilizantes da Vale em Curitiba.

A produção de gás natural do Brasil cresceu 16,6% e a de petróleo caiu 11,2% em março, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo a ANP.

Os dados apontam uma produção de 1,853 milhão de barris de petróleo e de 77,3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia – considerada recorde pela
agência.

A queda na produção de petróleo foi provocada pelas paradas programadas para manutenção de três plataformas.