
Presidente da companhia destacou abertura de ponto de distribuição para Ásia e Pacífico e aceitação relevante do produto com 24% de insumos renováveis
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que o combustível marítimo com conteúdo renovável (VLS B24) é um produto de qualidade que vem ganhando espaço no mercado asiático. Segundo a executiva, o bunker com 24% de biodiesel de segunda geração, produzido a partir de resíduos agroindustriais, é um produto bem aceito nesse mercado e é bastante valorizado pela sua redução de emissões e pela economia circular que esse insumo proporciona.
O VLS (Very Low Sulfur) B24, disponível sob demanda, é resultado da mistura de bunker de origem mineral com o biodiesel, realizada em tanques específicos. “Olhamos para Ásia e Pacífico e vemos que abrimos um ponto de distribuição relevante de bunker de navios com 24% de renováveis”, afirmou Magda, na última terça-feira (13), durante coletiva de imprensa sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre de 2025. Em fevereiro, a Petrobras realizou sua primeira venda de VLSFO (Very Low Sulfur Fuel Oil) com 24% de conteúdo renovável no mercado asiático, em parceria com a empresa Golden Island, fornecedora de bunker em Cingapura.
A Petrobras, por meio da Petrobras Singapore (PSPL), e a Vale fecharam parceria comercial para o abastecimento de um navio afretado pela mineradora com VLS B24. Em colaboração com a empresa Oldendorff Carriers, o graneleiro Luise Oldendorff foi abastecido em Cingapura, em abril para a realização de testes. O produto foi formulado pela PSPL em seus tanques arrendados localmente, pela mistura de 76% de óleo combustível fóssil proveniente das refinarias do Sistema Petrobras e 24% de UCOME, biocombustível originado do processamento de óleo de cozinha usado (UCO), comprado na região.
Na coletiva, a presidente da Petrobras ressaltou o envolvimento de diferentes áreas da companhia para o desenvolvimento do B24 e outros produtos de alto valor agregado. “Tudo isso é produto novo da Petrobras sendo colocado no mercado, fruto de esforço e parceria grande entre as equipes. Além das equipes áreas técnicas e engenharia, com apoio do financeiro, do corporativo e do SMS”, destacou.
Magda disse que o alargamento do mercado de derivados foi uma das ações mais importantes da empresa nos três primeiros meses do ano. Segundo a presidente da Petrobras, houve grande empenho da área de logística com refino e do refino com a engenharia. Além do B24, ela destacou o diesel S10, o qual considera um produto valorizado no mercado pela baixa emissão. Ela chamou a atenção de que a RNEST hoje é a refinaria que mais converte óleo cru em diesel, com uma conversão da ordem de 70%. A unidade, que processava 80 mil barris/dia de petróleo até o final do ano passado, hoje processa 130 mil barris/dia.
Fonte: Revista Portos e Navios