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Clippings - 20/07/11

PetroChina faz acordo para fábrica no Brasil

Grupo chinês cria joint venture no País para produzir equipamentos na área de petróleo.

Unidade da PetroChina especializada na fabricação de equipamentos empregados na atividade petrolífera, a Baoji Oilfield Machinery (Bomco)uniu-se em uma joint venture às empresas brasileiras Brasil China Petróleo (BRCP) e Asperbras, para o fornecimento de maquinário destinado às perfurações oceânica (offshore) e terrestre (onshore).

Pelo acordo recém-firmado, a nova empresa, batizada de Bomcobras Negócios e Equipamentos para Petróleo e Gás S/A, deverá entrar em operação em outubro próximo, no município baiano de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.

A composição da joint venture será de 34% para a PetroChina e de 33% para cada uma das companhias brasileiras coligadas. O capital inicial, a ser integralizado nos próximos dias, somará US$ 15 milhões: US$ 5,1 milhões da Bomco, US$ 4,95 mihões da Asperbras e US$ 4,95 milhões da BRCP.

De acordo com o comunicado divulgado ontem pela petroleira chinesa, essa é a primeira aliança para o fornecimento de equipamentos da atividade do petróleo firmado por ela com empresas brasileiras.

Maior companhia petrolífera da China, a PetroChina é subsidiária da China National Petroleum Corporation (CNPC), uma das três grandes petrolíferas semi-estatais chinesas.

Em janeiro de 2010, ela foi considerada pela Ernst & Young (companhia líder global em auditorias, consultorias e transações corporativas) como a empresa de maior valor de mercado do mundo.

Parceria. A Asperbras é uma companhia criada em Penápolis, no interior de São Paulo, na década de 50 do século passado. Inicialmente, dedicava-se à produção de tubos para irrigação. Com a expansão de suas atividades, transferiu a matriz para a cidade de São Paulo. Hoje, atua em cinco continentes, com focos na América do Sul e na África.

No decorrer do perãodo, a Asperbras diversificou sua atuação, estando presente em trabalhos de montagem industrial, rotomoldagem, saneamento, telecomunicações, construção de edifícios comerciais e residenciais, shoppings, loteamentos, concessionarias de veículos e implementos agrícolas, entre outros.

Na área de petróleo, a Asperbras é dona de um sonda de perfuração, cedida à Petrobrás. O diretor da empresa, Francisco Colnaghi, integrante da futura diretoria da Bomcobras, informou que, inicialmente, a nova companhia empregará cem trabalhadores, de engenheiro e vendedores.

A previsão é de que iniciaremos a construção dos equipamentos para a atividade de petróleo em um perãodo de dois a três anos. Sempre tivemos interesse em abrir no Brasil uma base de fabricação de equipamentos. Agora surgiu a oportunidade da parceria com a Baoji, disse o executivo.

A BRCP tem bem menos tempo de existência. Foi criada em São Paulo em 2008. Tornou-se logo, no Brasil, a representante comercial e legal da Bomco, maior fabricante chinês de máquinas e equipamentos pesados para a prospecção de petróleo.

PARA LEMBRAR

A área de petróleo é uma das que vem despertando o maior interesse das empresas chinesas no Brasil. No ano passado, a estatal Sinopec anunciou um aporte de US$ 7,1 bilhões para ficar com uma participação de 40% da espanhola Repsol no Brasil, de olho na produção de petróleo do pré-sal. Esse é ainda o maior investimento já anunciado por uma companhia chinesa no País. Na mesma linha, outra estatal, a Sinochem, já havia anunciado em maio de 2010 a compra de 40% do Campo de Peregrino, da norueguesa Statoil, em um acordo de US$ 3 bilhões.

Mas não só de petróleo vivem os investimentos chineses no País. Em março de 2010, o consórcio ECE fechou a aquisição da Itaminas, mineradora do empresário Bernardo Paz, por US$ 1,2 bilhão. E, em março deste ano, o grupo Chongqing Grain Group Corporation anunciou investimentos de R$ 4 bilhões para construção de um polo industrial de esmagamento e refino de óleo de soja na Bahia.